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    Moçambique: novas enchentes a caminho, mas efeitos das últimas ainda por resolver

    Na Zambézia, Moçambique, organizações religiosas juntam-se aos movimentos de solidariedade para com as vítimas das cheias que se encontram desde ano passado em centros de refugiados no distrito de Namacurra.

    Acampamento das vítimas das cheias na província da Zambézia, Moçambique (dw.de)
    Acampamento das vítimas das cheias na província da Zambézia, Moçambique (dw.de)

    A época das chuvas aproxima-se a passos largos, mas ainda há muitas famílias, vítimas das cheias do ano passado, que continuam sem casa.

    Na província da Zambézia, no centro de Moçambique, a organização humanitária religiosa Cáritas está preocupada com o estado de vulnerabilidade das vítimas. Por isso enviou ajuda para o centro de reassentamento de Ronda, no distrito de Namacurra, que alberga mais de 100 famílias.

    A Cáritas deu redes mosquiteiras para travar o aumento do número de casos de malária. Segundo António Ramane, que é gestor de programas na organização, foi também disponibilizado material de construção para ajudar as famílias a erguerem suas próprias casas: “Estes bens que distribuímos no Forquia é um apoio que veio da Alemanha, que tem também contribuído com ajudas às comunidades carenciadas. Refiro-me a chapas de zinco, ferros, barrotes, ripas, pregos, etc.”

    Saúde também constitui preocupação

    O gestor da Cáritas conta que a sua organização deu ainda outro tipo de apoio: “Entregámos também redes mosquiteiras de modo a tentarmos ver se podíamos minimizar a situação desta epidemia, que é a malária, que também tem assolado a população.”

    As tendas em que as vítimas das cheias vivem estão parcial ou totalmente destruídas. Ao entardecer, quando o vento sopra, há muitos mosquitos. Por isso, os beneficiários estão gratos pela oferta.

    Um dos desalojados não esconde a satisfação: “Estou contente, porque as tendas que antes recebemos aquecem muito. Actualmente estamos a receber material de construção e isso é um grande benefício para nós.”

    Outro prevê momentos mais confortáveis: “Combater, por exemplo, a malária, eu e a minha família vamos nos sentir bem em casa.”

    Alvo da ajuda bem definido

    António Ramane, da Cáritas, diz, no entanto, que só foram distribuídas redes mosquiteiras a algumas pessoas: mulheres grávidas, chefes de família e crianças órfãs.

    O colaborador da Cáritas recorda a situação de penúria em que vivem os desalojados: “Estas famílias perderam os seus bens, as casas, machambas, utensílios domésticos. Praticamente ficaram sem nenhum bem, não têm a quem recorrer para questões de sobrevivência.”

    A partir de Dezembro, o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, INGC, na província da Zambézia prevê a ocorrência de ciclones tropicais nas zonas costeiras. A situação deverá prolongar-se até Abril de 2015. (dw.de)

     

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