De acordo com a Angop, o Ministério da Saúde (MINSA) negou, nesta terça-feira, que tenha chamado os médicos reprovados no concurso público de Dezembro de 2018, para prestarem serviço voluntário nos hospitais públicos do país.
Em comunicado de imprensa, o departamento ministerial esclarece que o apelo ao voluntariado é dirigido apenas aos médicos aprovados, que esperam enquadramento nas unidades sanitárias.
A chamada destes profissionais deve-se ao facto de se registar um aumento considerável de casos de malária e doenças diarreicas, sobretudo em crianças com menos de 5 anos de idade, e devido a grande pressão assistencial nas unidades sanitárias.
Pretende-se que os médicos trabalhem em regime de voluntariado, reforcem os conhecimentos e manuseamento das doenças mais comuns no meio e prestem serviço nos Bancos de Urgência onde a pressão é maior.
O serviço voluntário não terá carácter remunerado, sendo que os médicos voluntários serão apoiados apenas com o subsídio de transporte e alimentação.
Na última segunda-feira, o Sindicato dos Médicos questionou as razões de a ministra da Saúde estar, alegadamente, a pedir serviço voluntário aos médicos que reprovaram nos testes de admissão, que se diz não terem competência técnica.
Entretanto, o MINSA reafirma que essa acusação é sem fundamento.
“Não correspondem, portanto, à verdade informações postas a circular, segundo as quais os médicos não aprovados no concurso público tenham sido solicitados para este serviço de voluntariado”, lê-se na nota do MINSA.