Cidade da Praia, Cabo Verde – Os ministros da Defesa da CEDEAO reúnem-se, amanhã (segunda-feira) em Abuja (Nigéria) para analisar as modalidades de envio de um contingente militar para a Guiné-Bissau e para o Mali.
A reunião, de um só dia, surge como “resposta aos cada vez maiores desafios no domínio da segurança” na região oeste-africana.
Uma fonte da CEDEAO disse desconhecer se o Comando Militar guineense estará presente, mas adiantou que o encontro prossegue com os preparativos do envio de missões militares da CEDEAO para os dois países, iniciados na cimeira extraordinária de chefes de Estado e de Governo da sub-região, realizada a 03 deste mês, em Dacar (Senegal).
Para a parte relativa à Guiné-Bissau, onde o comando militar tomou o poder a 12 de Abril, estarão presentes os ministros da Defesa da organização, à excepção do guineense, bem como responsáveis das polícias e das forças de segurança do Burkina Faso e da Nigéria, dois países que assegurarão o grosso do contingente militar.
Estima-se a presença do representante especial do presidente da Comissão da CEDEAO para a Guiné-Bissau e o comandante da Missão da CEDEAO na Guiné-Bissau (ECOMIB, na sigla inglesa).
O mesmo se passará em relação ao Mali, para onde a CEDEAO pensa enviar cerca de 3.000 soldados para pôr cobro ao recrudescer da crise político-militar no norte do país, na sequência do golpe de Estado de 22 de Março último, que depôs o regime do presidente Amadou Toumani Touré.
Além da crise político-militar, o Mali, em que CEDEAO e golpistas acordaram a 06 de Abril num novo presidente para a transição, enfrenta no norte do país um movimento separatista de rebeldes tuaregues e de grupos islâmicos armados, nomeadamente a Al-Qaida no Magrebe Islâmico (AQMI), para onde a organização oeste-africana vai enviar uma força militar regional.
A CEDEAO inclui 15 países da África Ocidental – Benim, Burkina Faso, Cabo Verde, Costa do Marfim, Gâmbia, Gana, Guiné-Conacri, Guiné-Bissau, Libéria, Mali, Níger, Nigéria, Senegal, Serra Leoa e Togo.
Fonte: TPA