O ministro da Administração do Território, Bornito de Sousa, disse hoje, em Saurimo (Lunda Sul), que os resultados definitivos do Censo Geral da População e Habitação demonstra que Angola precisa de uma representação condigna dos jovens e das mulheres a nível dos vários fóruns e órgãos do Estado e partidário.
O ministro discursava no acto central que marcou as comemorações do 14º aniversário do 4 de Abril, Dia da Paz e da Reconciliação Nacional, assinalado hoje, sob o lema ‘’ Paz, unidade e desenvolvimento’’, que decorreu em Saurimo.
“ Os resultados do Censo Geral da Habitação e da População, que foi feito em 2014, confirmou deste modo, que a população angolana é muito jovem, e que a maioria é constituída por mulheres e assim é espectável que perspectivamos a representação condigna destes grupos da nossa sociedade a nível dos vários fóruns e órgãos do Estado e mesmo ao nível partidário nos destintos momentos que se seguirão nomeadamente no decurso das eleições de 2017 “, reiterou.
Segundo o governante, que falava em representação do presidente da República José Eduardo dos Santos, a incorporação dos jovens e mulheres não deve ser feita a qualquer preço/custo, mas pela sua competência e pelo mérito que demonstrarem em primeiro lugar.
Acrescentou que os resultados do Censo revelam que muito ainda deve ser feito no domínio da promoção do movimento equilibrado do território nacional, para que se possa evitar que todas as pessoas queiram apenas fixar-se em Luanda (capital do país), ou nas capitais das provinciais de Angola.
De acordo com Bornito de Sousa, o Censo demonstra que até cerca de um terço da população angolana está fixada em Luanda, situação que não ajuda a resolver algumas das dificuldades no domínio do saneamento e controlo das doenças a nível da capital do país.
Mas, prosseguiu, para que isto não aconteça é necessário e imperioso promover o desenvolvimento das demais vilas e povoações do país e a ocupação física do território nacional, visando o desenvolvimento contínuo e harmonioso do país.
“ Dizem que os jovens, em particular, migram para as grandes cidades, sobretudo a capital do país, porque preferem estar onde há energia eléctrica, melhores qualidades de ensino, entre outros serviços, então, se o problema for este, precisamos levar estes serviços onde estão os jovens e ajudar a promover a ocupação física do nosso território”, concluiu. (ANGOP)