A ministra de Estado e dos Negócios Estrangeiros e Comércio Internacional do Quénia, Mónica Juma, afirmou segunda-feira ser importante investir na educação e na juventude por ser a força impulsionadora para o desenvolvimento e mudança de mentalidades para catalisar África à um futuro melhor.
Dissertando o tema “clamando sobre o futuro de África”, no auditório Maria Medina, na Faculdade de Direito, em Luanda, disse ser esta franja da sociedade o foco da transição, através da interiorização da construção da consciência, identidade e orgulho do seu continente.
Indicou que no seu país as receitas para a educação está em terceiro lugar no OGE defendendo o mesmo aos demais estados, como forma de criar futuros líderes, capazes de direccionar o continente para o sonho desejado.
“As independências dos países africanos nas décadas de 60 e 70 trouxeram esperança e ansiedade para o desenvolvimento e o potencial que temos. Estamos perante desafios internos e externos. Apesar de ser o continente mais rico a nível do mundo, os seus habitantes continuam a ser os mais pobres e a sua economia são precárias e subdesenvolvidas”, frisou.
Referiu que as guerras, doenças, roubo dos recursos, actos de crimes internacionais, caracterizam a África como um continente doente. “As literaturas falam em um continente perdido, sendo preciso desmitificar esse conceito”.
“É uma análise do passado e errada, estamos numa nova era, há desafios políticos, porque países como o Quénia, Libéria, África do sul, Etiópia, Zimbabwe e Angola já transitaram para um processo de paz tranquilo, justificou.
A ministra de Estado e dos Negócios Estrangeiros e Comércio Internacional do Quénia, Mónica Juma, é doutorada em Filosofia pela Universidade de Oxford, bacharel em Artes pela Universidade de Nairobi e possui uma certificação em Estudos sobre Refugiados em Oxford.
Participaram do evento a ministra do ensino Superior, Ciência e Tecnologia e Inovação, Maria Sambo, membros do governo, estudantes e convidados. (Angop)