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    Milhares de bovinos vacinados em Junho

    Mais de 50 mil cabeças de gado bovino vão ser vacinadas contra a dermatite nodular e peripneumonia contagiosa, a partir de Junho, na província do Kuando-Kubango, revelou em Menongue o chefe de departamento do Instituto dos Serviços Veterinários.
    Pedro Tibério explicou que, para o êxito da campanha, estão disponíveis 100 mil doses de vacinas, das quais 50 mil contra dermatite nodular e igual número de peripneumonia contagiosa, enquanto se aguarda pelo envio das vacinas contra o carbúnculo sintomático e hemático (antrax) para prevenir o surgimento de doenças entre os animais.
    Foram construídas mais quatro mangas de vacinação e igual número de tanques banheiros na periferia da cidade de Menongue, comuna do Caiundo, no município do Cuchi e do Cuangar, localidades onde existe um grande número de bovinos no Kuando-Kubango.
    Pedro Tibério assegurou que estão criadas todas as condições logísticas para o sucesso da campanha, mas mostrou-se preocupado com o reduzido número de técnicos para cobrir os nove municípios do Kuando-Kubango, o que pode levar ao prolongamento da vacinação.
    Apesar desta contrariedade, considerou ser necessário imprimir maior dinamismo à vacinação, devido à existência, na província, de grande número de criadores tradicionais muito dispersos, que devem conduzir os animais até às mangas de vacinação, para que nenhum animal fique por vacinar.
    O responsável dos serviços de veterinária no Kuando-Kubango pediu à população para informar quais as pessoas que se furtam a conduzir os seus animais à vacinação, uma vez que se algum animal ficar de fora, pode representar um grande perigo, não só para a população bovina, mas também para a saúde do próprio homem.
    Sobre a doença teileriose, que se manifesta através de carraças que cobrem o corpo do animal infectado, e que muito recentemente vitimou dezenas de bovinos na comuna de Caiundo, Pedro Tibério referiu que, apesar da situação estar controlada, os serviços de veterinária realizam uma intensa campanha de banho dos animais para a sua erradicação.  A doença tem vindo a atingir quase todos os países da região da SADC, sendo que em Angola a zona mais afectada é a do Luiana, no município do Rivungo, onde uma equipa conjunta dos serviços de veterinária de Angola, Botswana e da Namíbia está a trabalhar.

    Pedro Tibério explicou que um grupo de especialistas sul-africanos, acompanhados de técnicos veterinários destes três países, trabalharam em Agosto do ano passado em Luiana, onde colheram 26 amostras de sangue de búfalo, para se determinar o tipo de estirpe do vírus da febre aftosa que tem contagiado o gado bovino, numa acção que teve a cobertura do canal televisivo “National Geographic”. “O búfalo é um portador natural da estirpe que provoca a febre aftosa, mas não lhe causa problemas. No entanto, transmite com facilidade ao gado bovino quando utilizam o mesmo bebedouro”, explicou, notando que as amostras de sangue foram enviadas para a África do Sul e os resultados vão ser enviados para os laboratórios do Botswana para a produção de uma vacina.
    Apesar de não existir actualmente uma vacina para a febre aftosa nos Estados da SADC, a enfermidade está controlada pelas autoridades veterinárias, devido a um rigoroso controlo epidemiológico e de monitorização que fazem junto dos diferentes criadores.

    Vacina contra a Raiva

    Pedro Tibério adiantou que na semana passada a sua instituição iniciou uma campanha de vacinação contra a raiva, que prevê imunizar mais de cinco mil animais, entre cães, gatos e macacos, em toda a província. Na primeira fase desta campanha, o Instituto Nacional dos Serviços Veterinários enviou para o Kuando-Kubango duas mil doses de vacinas e pediu a todos os cidadãos que têm animais de estimação para aderirem à campanha de vacinação. Desde Janeiro, as autoridades sanitárias do município de Menongue registaram 96 casos de mordedura de animais, sobretudo cães vadios, sem fazerem, contudo, vítimas humanas, segundo o chefe de vigilância epidemiológica da repartição municipal de saúde, Filipe dos Santos.
    Nos últimos tempos, os casos de mordeduras de animais têm estado a aumentar na capital da província, comparativamente ao ano passado, em que foram notificados 242 ocorrências. Filipe dos Santos assegurou que, neste momento, a repartição municipal de saúde de Menongue tem doses suficientes de vacinas anti-rábicas para dar resposta aos casos de mordeduras de animais e aconselhou todas as pessoas que sejam mordidas por cães vadios ou um outro animal a lavarem a ferida com água e sabão e, depois, se dirigirem a uma unidade sanitária.

    Fonte: JA

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