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    Académicos preocupados com exploração desenfreada de inertes

    A necessidade do Governo e sociedade civil apostarem mais na sensibilização das pessoas sobre os perigos que a natureza pode sofrer com a exploração ilegal e desenfreada de inertes foi manifestada hoje, terça-feira, por académicos da província.

    Segundo eles, a exploração ilegal de inertes protagonizadas por empresas e indivíduos é um fenómeno que tem estado a tomar contornos preocupantes nos últimos anos, na Huíla e precisa da contribuição de todos para minimizar.

    O professor António Nionissa, de Quilengues, disse que no seu município apenas duas empresas estão licenciadas para o efeito, mas ainda assim muitos insistem em explorar sem autorização, um processo que degrada o solo e afecta a economia do país.

    Explicou que as pessoas buscam através da exploração ilegal de inertes, um rendimento para o seu sustento e o mais fácil de ser explorado são as rochas e areia, muitas vezes acelerando a progressão de ravinas.

    “Tudo passa por uma maior divulgação de informação às pessoas, que devem saber quais os perigos que a natureza sofre com a exploração ilegal, pois compromete a qualidade do solo e faz com que a agricultura seja menos rentável nos locais explorados”, continuou.

    Para o estudante Eduardo Hossi, residente no município da Humpata, a exploração ilegal de inertes traz consequências como a erosão, buracos ou valas que podem agravar-se em períodos de chuvas, afectando residências próximas das zonas que fazem a actividade sem certificação.

    Referiu ainda que actividade praticada de forma ilegal pode ainda vitimar pessoas, que sem conhecimento do perigo acabam por ficar soterrados no processo.

    Por sua vez, o director dos Serviços Técnicos e Infra-estruturas da Cacula, o Anaxímenes Adriano, disse que o seu município é rural e a maior parte das suas obras são feitas com adobe, daí que o inerte mais utilizado é a argila.

    Lamentou que os moradores ainda insistem em fazer a exploração ilegal, não ocorrem, a administração a solicitar a exploração, daí estarem a constatar algumas ravinas em alguns perímetros do município, fruto de tais trabalhos ilícitos.

    Segundo a fonte, desencorajam essa actividade e apelou a todos que queiram fazer a ocorrer a administração comunal ou municipal para passar as declarações com os locais adequados para a poderem fazer a exploração.

    Actualmente as licenças de agentes e cooperativas de exploração de inertes são passadas pelas administrações, através do Gabinete Provincial para o Desenvolvimento Económico Integrado.

    A província da Huíla tem mais de 30 empresas licenciadas que operam no sector de recursos minerais, de entre elas constam a exploração de rochas ornamentais, de água mineral, de ouro, britadeiras, areeiro, material cerâmica e de agro-mineral.

    ANGOP

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