Um atentado à granada, no domingo, provocou pelo menos dois mortos e 89 feridos no estádio de Antananarivo, por ocasião das comemorações da Festa da Independência da República de Madagáscar. O Presidente Hery Rajaonarimapianina afirmou que o acto poderia estar relacionado com divergências políticas. O Chefe de Estado malgache e a oposição imputam-se mutuamente a responsabilidade do atentado.
A situação na grande ilha-República do oceano Indico, tem-se caracterizado por uma forte tensão entre o poder e a oposição que se acusam mutuamente pela degradação da vida política em Madagáscar. O Presidente Hery Rajaonarimampianina, acusou implicitamente a oposição de estar na origem do atentado que enlutou o país , durante a comemoração do Dia da Independência de Madagascar . O deputado Guy Rivo Randroanarisoa, partidário do ex-presidente Marc Ravalomanana e um dos principais opositores ao actual Chefe de Estado, considerou que era muito fácil acusar a oposição.
Randroanarisoa declarou que é aceitável a existência de pontos de vista diferentes , mas não actos de desestabilização. Ele considerou os mesmos inadmissíveis . O antigo primeiro-ministro (2011-2014), Omer Beriziky, afirmou não acreditar que as divergências políticas levem as pessoas a cometer semelhante atrocidade.Beriziky é muito crítico em relação ao executivo de Hery Rajaonarimanpianina.
O atentado ocorreu domingo no Estádio Municipal de Mahamasina , durante um concerto gratuito para celebrar o Dia da Independência de Madagáscar.
Segundo fontes médicos, a granada poderia ter sido lançada das bancadas do estádio, onde o público foi revistado antes de penetrar no recinto.
Madagáscar tenta sair progressivamente de uma período de instabilidade política, começado em 2009, quando o presidente da Câmara Municipal de Antananarivo , Andry Rajoelina, derrubara o Presidente Marc Ravalomanana. Rajoelina liderou posteriormente um período de transição que durou até 2013 e culminou com a eleição presidencial vencida por Hery Rajaonarimampianina. (RFI)