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    Kilamba “reabre” em Janeiro: Agora é a vez da renda resolúvel…

    O processo de reabertura da venda das casas do Kilamba acontece na segunda quinzena de Janeiro de 2013, com a extensão da renda resolúvel como suporte para a aquisição dos apartamentos.

    Fazendo fé nas palavras do ministro do Urbanismo e Habitação, estão criadas as condições para que a Sonangol Imobiliária e Propriedades (SONIP) avance com o processo já no começo do ano.

    “A partir de Janeiro será feita a generalização da renda resolúvel e os cidadãos vão ter a oportunidade de adquirir as suas casas de forma diferenciada no tempo”, disse José da Silva, à margem da cerimónia de cumprimentos de fim de ano do seu ministério.

    A venda dos apartamentos não será a única via a ser utilizada para os interessados, estando também prevista “a implementação da figura do arrendamento”. De acordo com o responsável pelo Urbanismo e Habitação “os cidadãos terão que manifestar a sua intenção de compra ou arrendamento à SONIP que na altura certa irá divulgar os procedimentos a serem seguidos pelos interessados”.

    Por explicar, permanecem ainda algumas dúvidas de como vai funcionar o financiamento para a compra ou arrendamento dos referidos apartamentos. Cidadãos ouvidos pelo Novo Jornal manifestaram a sua inquietação, apesar de louvarem a possibilidade da reabertura das vendas já em Janeiro.

    “Fala-se em renda resolúvel e já em Janeiro, isso é bom. Mas como é que coisas vão ser? Vamos à SONIP e depois, quem for aprovado faz o contrato e recebe as chaves para pagar durante um certo tempo ou ainda banco. Ou vai ser como quando nos inscrevemos no ano passado lá no Kilamba e até agora ninguém diz nada?”, questiona um dos nossos interlocutores.

    Os preços dos apartamentos também entram nas preocupações dos cidadãos. “Será que também vão baixar os preços como aconteceu nos prédios do Zango ou da Filda onde a SONIP baixou para 80 mil dólares aos seus trabalhadores?”.

    As inquietações talvez desapareçam quando acontecer o anúncio official da reabertura da venda dos apartamentos do Kilamba, que conta também com casas de “baixa renda” no valor de 60 mil dólares.

    O Kilamba é só a ponta do “iceberg”, que tem a SONIP como “carro chefe” de todas a centralidades em construção no país, embora não se descarte a possibilidade da entrada de outras imobiliárias neste negócio.

    “A SONIP tem sido a empresa que tem gerido este processo e vai continuar a desempenhar as suas funções.

    Mas também está-se a reflectir a possibilidade de introdução de outras imobiliárias, embora a gestão continue sob a responsabilidade da SONIP”, esclareceu o ministro do Urbanismo e Habitação, José da Silva. O método deverá ser “generalizado para as outras centralidades em construção” como as de Cacuaco e Kapari, em Luanda e Bengo.

    Todas as iniciativas estão enquadradas no Programa Nacional de Urbanismo e Habitação que contempla ainda 120 mil casas sociais e 44 700 casas de renda média distribuídas por todas as províncias do país. A esses números juntam-se 200 fogos por cada município, num “programa que deverá estender-se até ao ano de 2014”, segundo José da Silva.

    A auto-construção dirigida também entra nas contas do “ambicioso” programa de construção habitacional, onde assume “cerca de 70 por cento das construções previstas ”.

    “Não pode, nem deve constituir tabu por parte das instituições do Estado com responsabilidades para o efeito, a comercialização de terrenos legalmente constituídos aos cidadãos, cabendo ao Estado a responsabilidade de ordenar, acompanhar e providenciar a infra-estrutura destes espaços, bem como da construção das moradias por parte da população em respeito ao conceito de auto-construção dirigida”, prometeu José da Silva. Faustino Diogo

    (Novo Jornal)

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