Uma retrospectiva do ano de 2012 aponta para avanços e retrocessos em vários sectores da vida económica do país, com realce para os sectores da indústria, petróleos, agricultura, minas e energia e águas.
A começar pelo sector petrolífero, apesar de um ascendente produtivo deste sector, com investimentos de vulto da empresa petrolífera estatal, Sonangol, no estrangeiro, esta sofreu um abalo no Iraque em Janeiro, com um ataque a instalação petrolífera que sem fazer vítimas, levou a desactivação das actividades naquele país.
A inauguração do projecto de gás liquefeito na região do Soyo, província do Zaire, foi o acontecimento que maior relevo observou neste sector, com investimentos que permitirão certamente alavancar a economia nacional e evitar a queima de gás.
Na indústria mineira, especial destaque incidiu sobre a produção de diamantes, que depois da crise de 2009, no período em referência registou assinaláveis níveis de produção, com a retomada da produção em vários projectos diamantíferos, especialmente nas regiões da Lunda-Norte, Lunda-Sul, Bié e Kwanza-Sul.
Neste particular prosseguiu a entrega pelas autoridades de senhas mineiras aos produtores artesanais de diamantes, ultrapassando a antiga condição se garimpeiros ilegais. Este processo abrangeu as províncias da Lunda-Norte e Lunda-Sul.
Outro minério que foi alvo de reactivação foi o ferro de Cassinga, na província da Huíla, cujo relançamento promete a exploração e exportação nos próximos anos. Ainda no Chipindo, Huíla foi lançada a produção do ouro.
No sector da indústria, o ano que termina continuou a dominar a entrada em funcionamento de várias unidades fabris na Zona Económica Especial juntando-se a numerosas outras fábricas já em funcionamento, tarefa implementada pela Sonangol Investimentos Industriais, SIIND.
Quanto ao sector agrícola não obstante a estiagem que afectou sobre- maneira a produção durante o ano, ainda a problemática do escoamento dos produtos do campo para a cidade parece perseguir esta área da economia, tida como base para o desenvolvimento.
Outrossim este sector passou a contra com um novo laboratório agroalimentar, destinado a análises de produtos alimentares.
No domínio do comércio assistiu-se ao relançamento dos supermercados Nosso Super e Poupa Lá, o surgimento de novas superfícies comerciais privadas a exemplo dos supermercados Kero, entre outros. Relativamente à energia e águas, ao que parece foi dos sectores mais polémicos, pela impotência observada no fornecimento aceitável destes bens junto das populações, com apagões à mistura, provocando um clima de insatisfação dos consumidores.
O sector das comunicações embora dominado pela expansão da telefonia móvel, esta continuou a fornecer um serviço público de certa forma questionável, já que reclamações surgiram quanto a eficiência das duas redes móveis, UNITEL e MOVICEL.
Mas de vento em popa segue a instalação do cabo de fibra óptica que já está a chegar em todas as capitais de província, o que a curto prazo poderá configurar-se num melhoramento do sistema de comunicações a nível nacional.
Como não podia deixar de ser, a banca continuou a crescer, com a abertura de mais agências no interior, embora os serviços prestados ainda carecem de alguma qualidade, o que tem provocado alguma celeuma, sobretudo o velho problema da falta de sistema.
HORTÊNCIO SEBASTI ÃO
(Novo Jornal)
