Um tribunal turco confirmou nesta sexta-feira (18) a prisão de 17 suspeitos, incluindo uma mulher síria, por suas supostas ligações com o atentado de domingo no centro de Istambul, que matou seis pessoas, informou a mídia local.
O governo acusa o Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), classificado como grupo terrorista por Ancara e seus aliados ocidentais, pelo ataque no qual 81 pessoas também ficaram feridas.
Entre os detidos está Alham Albashir, uma mulher de nacionalidade síria, que supostamente plantou a bomba na movimentada avenida Istiklal, no centro de Istambul.
A mulher de 23 anos é suspeita de ter entrado clandestinamente na Turquia desde o nordeste da Síria.
Durante seu interrogatório ela teria confessado que plantou a bomba.
Os detidos também incluem pessoas que teriam ajudado indiretamente a na execução do ataque.
Todos foram detidos na prisão de Marmara, até recentemente conhecida como Silivri, nos arredores de Istambul.
Segundo a agência de notícias oficial Anadolu, que cita um relatório policial, a principal acusada afirmou que teve o primeiro contato com o PKK em 2017, por meio do ex-namorado, e manteve laços com o grupo após se separar dele.
O PKK e as Unidades de Proteção do Povo (YPG), uma milícia curda ativa na Síria e que a Turquia acusa de ser filiada ao PKK, negaram envolvimento no ataque.
Nenhum indivíduo ou grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque.
No passado, o YPG recebeu apoio de vários países ocidentais, incluindo Estados Unidos e França, e esteve na linha de frente na luta contra o grupo Estado Islâmico (EI) na Síria. A Turquia considera as duas como organizações “terroristas”.