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    Jornalistas dizem não haver liberdade de imprensa em Angola

    Jornalistas e fazedores de opinião em Angola não acreditam na liberdade de imprensa em ano eleitoral, a julgar pela contínua pressão do regime sobre os profissionais da classe.

    Nos últimos tempos, as denúncias têm surgido de todos os lados de uma pressão cada vez maior do poder público para impedir que vozes que não as do Governo e do partido no poder, o MPLA, cheguem às antenas e páginas da imprensa pública, actualmente dominada pelo Estado.

    Há mais de um ano, o Governo passou para a tutela do Estado vários meios de comunicação pertencentes a antigos dirigentes por, segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), terem sido adquiridos com recursos públicos.

    Apesar da promessa de que esses meios seriam privatizados, continuam sob tutela do Governo e, segundo observadores, seguindo a linha editorial do Executivo.

    Ao mesmo tempo, vários jornalistas têm tido às costas investigações da PGR e alguns já enfrentam processos nos tribunais.

    “Não teremos nada de novo que nós não saibamos”, considera Jorge Eurico, editor do jornal em formato electrónico “O Kwanza”.

    Para aquele jornalista, neste ano de pré-campanha “o circulo vai ficar cada vez mais apertado”.

    O jornalista e director do jornal “O Crime”, Mariano Brás, diz que a crise económica colocou a imprensa privada numa situação de mendicidade e propensa ao aliciamento fácil no período eleitoral, mas também sujeita à intimidação e pressão políticas.

    “Neste período de eleições, a postura adoptada pelo regime é de intimidação. Não acredito que haverá um acompanhamento imparcial das eleições”, afirma Brás.

    Por seu turno, o reverendo e activista social Elias Isaac entende que o problema da liberdade imprensa em Angola não está nos jornalistas mas “na estrutura política e de governação do país que fingidamente manifesta acreditar na de democracia mas a sua alma e a sua essência é autoritária”.

    Refira-se que tanto o Sindicato de Jornalistas Angolanos como o Instituto de Comunicação Social da África Austral, MISA-Angola, têm denunciado nos últimos tempos uma maior pressão do Governo sobre jornalistas.

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