Personalidades nacionais e estrangeiras, entre as quais o antigo Presidente de Moçambique, Joaquim Chissano, apresentam a partir de amanhã até quinta-feira, no Centro de Conferências de Belas, comunicações e depoimentos sobre a trajectória histórica do MPLA.
Joaquim Chissano vai falar sobre o papel do MPLA e da Frelimo na libertação da África Austral, um tema que tem como moderador o vice-presidente do partido no poder em Angola, Roberto de Almeida.
Joaquim Chissano foi eleito Presidente em Outubro de 1994, nas primeiras eleições multipartidárias do país, e de novo em Dezembro de 1999. Renunciou ao cargo em 2004, sem concorrer a um terceiro mandato permitido pela Constituição moçambicana. Durante o tempo em que esteve no poder, Moçambique iniciou uma campanha de reconstrução e desenvolvimento do país, melhorando os serviços de saúde, o acesso à educação e a emancipação das mulheres. Entre 2003 e 2004, foi presidente da União Africana.
Integrado nas comemorações dos 55 anos do partido, o primeiro colóquio internacional sobre a história do MPLA traz ainda a Luanda Jorge Risquet, membro do Comité Centrar do Partido Comunista Cubano, para abordar o contributo do seu país para a independência de Angola e preservação da soberania do Estado angolano.
A ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, o académico Victor Kajibanga e o político Afonso Van-Dúnem “Mbinda” constam, igualmente, do leque de conferencistas para os três dias de reflexões em torno da trajectória de desafios e vitórias do partido, ao longo de 55 anos de existência.
Constam ainda entre os temas “MPLA, movimento no período da luta de libertação nacional”, “MPLA no período da democracia multipartidária e da conquista da paz” e “JMPLA – um encontro com o passado, o presente e futuro”.
As jornadas comemorativas dos 55 anos do MPLA, que tiveram início em Agosto e devem prolongar-se até Maio do próximo ano, abarcam um conjunto de acções políticas, culturais, desportivas e recreativas. Entre os principais objectivos das jornadas os organizadores apontam a necessidade de apoiar o Executivo nos seus esforços de trabalhar para garantir melhores condições de vida para a população, principalmente em termos de energia eléctrica, água potável, construção de habitações sociais, promoção do emprego, melhoria das condições de saúde e do sistema educativo.
No lançamento das jornadas comemorativas ao aniversário dos partido, o vice-presidente do MPLA, Roberto de Almeida, salientou que, na trajectória histórica, podem ser realçados vários episódios de tenacidade e sacrifícios, além de momentos de desânimo e frustração, mas que não impediram que o MPLA, então movimento, proclamasse, a 11 de Novembro de 1975, a Independência.
O político afirmou que, desde que o Presidente Agostinho Neto, à frente da organização, se empenhou na via da luta armada para conquistar a independência nacional, transcorreram vários episódios que marcaram de forma indelével a vontade e carácter imperioso daquela forma de combate.
Fonte: Jornal de Angola
Fotografia: Jornal de Angola