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    Israel nega em Haia intenção de destruir povo palestiniano

    Israel negou hoje em Haia pretender destruir o povo palestiniano em Gaza, ao defender-se em Haia das acusações de genocídio formuladas pela África do Sul, que acusou de apresentar uma "imagem distorcida" da realidade.

    Israel acusou esta sexta-feira (12.01) a África do Sul de apresentar Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) “uma imagem factual e jurídica profundamente distorcida” da realidade da guerra naFaixa de Gaza, que definiu como uma resposta “ao maior assassinato em massa calculado de judeus” desde o Holocausto.

    “O que Israel procura ao operar em Gaza não é destruir um povo, mas proteger um povo, o seu próprio povo, atacado em múltiplas frentes”, afirmou Tal Becker, um dos advogados de Israel perante o TIJ.

    O advogado descreveu as acusações de genocídio formuladas contra Israel como “totalmente distorcidas” e considerou que não refletem a realidade do conflito na Faixa de Gaza.

    Becker disse que o caso apresentado pela África do Sul “depende de uma descrição manipuladora, descontextualizada e deliberadamente recompilada da realidade das atuais hostilidades” contra Gaza.

    O advogado alegou ainda que “se houve atos que podem ser descritos como genocidas, então foram perpetrados contra Israel”, uma afirmação que veio acompanhada de fotografias dos 200 reféns feitos pelo Hamas e de imagens do ataque de 7 de outubro.

    Dois dias de audiências
    O Estado sul-africano apresentou em dezembro um pedido urgente ao TIJ para que ordene a Israel que “suspenda imediatamente as operações militares” na Faixa de Gaza.

    A pretensão foi formalizada no primeiro de dois dias de audiências no TIJ na quinta-feira (11.01), pelos advogados da acusação.

    Os advogados que representam Israel tiveram hoje a palavra para apresentar todos os seus argumentos contra os supostos crimes listados ontem pela África do Sul, que acusou Israel de violar a Convenção do Genocídio de 1948 com a sua guerra em Gaza.

    A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque sem precedentes do movimento islamita palestiniano Hamas em solo israelita, em 7 de outubro, que causou cerca de 1.400 mortos, segundo as autoridades.

    Em represália, Israel prometeu destruir o Hamas e lançou uma ofensiva no território palestiniano que causou mais 24.000 mortos, de acordo com dados do Hamas.

    O ministro da Justiça sul-africano, Ronald Lamola, alegou ao TIJ na quinta-feira que nem mesmo o ataque do Hamas pode justificar alegadas violações da Convenção da ONU sobre o Genocídio, assinada em 1948, na sequência do Holocausto.

    A África do Sul considera que a resposta israelita ao ataque do Hamas equivale a genocídio e faz parte de décadas de opressão israelita sobre os palestinianos.

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    FonteDW

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