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    Irão diz que morte de jornalista seria impensável sem apoio dos EUA

    O presidente do Irão, Hassan Rohani, disse que a “morte odiosa” do jornalista saudita Jamal Khashoggi, no interior do consulado da Arábia Saudita em Istambul, na Turquia, seria impensável “sem o apoio dos Estados Unidos”.

    “Não acho que sem o apoio dos Estados Unidos, algum país se atravesse a cometer um crime destes”, disse Hassan Rohani, numa alocução durante a reunião do Conselho de Ministros, transmitida pela televisão estatal iraniana.

    Para Rohani, antes do desaparecimento de Jamal Khashoggi, “era impensável que pudéssemos ser testemunhas de um crime organizado destes.

    “Que um crime ou uma morte seja cometido na sombra, é uma possibilidade, mas que uma instituição planeie uma morte odiosa, é um problema grave”, disse.

    Rohani, que não apresentou qualquer prova que sustente as suas alegações, considerou ainda que a Arábia Saudita é governada por um sistema “tribal”, que goza de apoio e proteção internacional. “O grupo tribal que governa a nação tem uma rede de segurança que consiste em contar com os Estados Unidos. É uma superpotência que os apoia”, disse Rohani.

    O presidente iraniano nunca mencionou o nome de Jamal Khashoggi, mas referiu-se a “um jornalista crítico” do regime de Riade.

    As declarações de Rohani surgem um dia depois de o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan ter apelado para o julgamento, na Turquia, dos 18 suspeitos da morte do jornalista detidos na Arábia Saudita.

    Erdogan, que falou numa sessão no parlamento turco, insistiu no caráter “premeditado” de um “assassínio brutal”, contradizendo a versão avançada por Riade, de que se tratou de uma morte acidental.

    Esta quarta-feira, a imprensa turca noticia que as autoridades mostraram à diretora da CIA, agência de informações norte-americana, Gina Haspel, todas as provas em seu poder.

    Haspel visitou Ancara, na terça-feira, para recolher informações e documentação sobre o caso Khashoggi, desaparecido a 02 de outubro depois de ter entrado no consulado da Arábia Saudita em Istambul, onde viria a ser morto.

    As autoridades turcas não comentaram oficialmente a visita de Haspel ao país, nem foi divulgada a agenda de encontros em Ancara, mas segundo o diário “Sabath” terá sido recebida pelos responsáveis máximos dos serviços secretos turcos.

    De acordo com o jornal, entre as provas a que Haspel teve acesso estão as imagens das câmaras de segurança e gravações áudio. (Jornal de Notícias)

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