O presidente da Turquia insistiu nesta quarta-feira, 24, que o seu país não permitirá que os responsáveis pelo assassinato de Jamal Khashoggi escapem à justiça, mantendo a pressão sobre Riad em meio ao cepticismo global sobre vários relatos sauditas sobre a morte do jornalista, avança a Reuters.
“Estamos determinados a não permitir o encobrimento deste assassinato e garantir que todos os responsáveis - daqueles que o encomendaram àqueles que o realizaram – não sejam autorizados a evitar a justiça”, disse o presidente da Turquia, Tayyip Erdogan num discurso em Ancara.
Para os aliados da Arábia Saudita, a questão será se eles acreditam que o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, que se pintou como um reformador, tem qualquer culpabilidade no assassinato, uma possibilidade levantada por vários legisladores dos EUA.
A Arábia Saudita deu informações deturpadas sobre o assassinato de Khashoggi, primeiro negando a sua morte e depois defendendo que Khashoggi – colunista do Washington Post – morreu dentro do consulado depois de uma briga.
A Arábia Saudita deteve 18 pessoas e demitiu cinco altos funcionários do governo como parte da investigação. Um dos que foram demitidos inclui Saud al-Qahtani, um dos principais assessores do príncipe Mohammed. De acordo com duas fontes da inteligência, Qahtani comandou o assassinato de Khashoggi dando ordens pelo Skype.
Fontes da segurança turca dizem que quando Khashoggi entrou no consulado foi capturado por 15 agentes da inteligência saudita que haviam chegado naquele país em dois jatos horas antes do sucedido.