Pela primeira vez, o Irão admite ter enviado para a Síria membros do Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica e não descarta a hipótese de uma ação militar integrada, em caso de ataque exterior a Damasco.
Desde o início do conflito que Teerão é acusado de fornecer ajuda militar ao regime de Bashar Al-Assad, principal aliado local do regime dos mulás.
“Tendo em conta a situação especial que se vive na Síria, e no Líbano, enviámos um certo número de elementos da Força Quds para esses países. Mas isto não significa que tenhamos uma presença militar no terreno”, explica o comandante Ali Jafari, que diz tratar-se apenas de “conselheiros”.
Leon Panetta, o secretário norte-americano da Defesa, garante que o Irão tenta formar uma milícia pró-regime, na Síria.
A Força Quds é uma unidade especial do Exército dos Guardiães da Revolução Islâmica do Irão oficialmente responsável pelas operações externas mas que, segundo Washington, tem como missão “treinar, equipar e financiar movimentos revolucionários islâmicos estrangeiros.”
No terreno, os confrontos continuam. Segundo o Observatório Sírio dos Direitos do Homem, sediado em Londres, Damasco e arredores eram, este domingo, alvo de novos raides aéreos e da artilharia pesado do regime de Bashar Al-Assad.
Mais de 27 mil pessoas já perderam a vida, sobretudo civis, em 18 meses de um conflito sem solução à vista. E, de acordo com os rebeldes, Lakhdar Brahimi, o novo mediador da ONU e da Liga Árabe para a Síria, também não conseguirá pôr-lhe fim.
Fonte: EURONEWS