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    INAR reduz produção de bebidas espirituosas no Lobito

    A fábrica de bebidas espirituosas do grupo industrial angolano INAR, no município do Lobito, em Benguela, está a produzir “muito abaixo” da sua capacidade de 1500 caixas por dia, devido à falta de clientes, disse, esta quarta-feira, o presidente da empresa, Victor Manuel Alves.

    Em declarações à Angop, o empresário afirmou que o mercado das bebidas espirituosas está em queda há sensivelmente dois anos, o que motivou a unidade fabril no Lobito a diminuir a produção para cerca de mil caixas.

    Victor Manuel Alves, de 80 anos, aponta o dedo ao ambiente económico menos bom que o país atravessa, em decorrência da crise financeira internacional, gerando inúmeras dificuldades às empresas, sobretudo na aquisição de divisas junto da banca.

    E por falar em dificuldades, o responsável lembrou que, após 10 meses sem produzir, a INAR retomou em Setembro último o fabrico de bebidas espirituosas, tendo como matéria-prima o álcool originário da Fazenda Vista Alegre, na comuna do Cayave, município de Caimbambo.

    Neste momento, frisou, a produção avança, mas a meio gás, na medida em que são necessários no mínimo 15 dias e no máximo 30 só para vender mil caixas de bebidas espirituosas.

    Garante que, até antes da actual crise económica, conseguia-se despachar mil caixas em dois ou três dias, já que o mercado tinha condições financeiras para absorver toda a produção da INAR em tão pouco tempo.

    Hoje, paradoxalmente, a empresa está a vender apenas uma caixa de bebidas por dia e, por vezes, nada. Essa situação, segundo a fonte, leva ao acúmulo de produtos durante muito tempo nos armazéns.

    Daí que o gestor explique que hoje a unidade fabril deixou de produzir diariamente e entrou num sistema “intermitente”. Só depois de vender os produtos armazenados, a produção é accionada de forma a evitar despesas desnecessárias.

    E as consequências da baixa produtividade não tardaram a aparecer, como os atrasos de três meses de salários aos cerca de 100 trabalhadores da companhia. “Isto não está fácil, porque com salários em atraso há dificuldades de trabalhar”, relatou.

    Apesar disso, Victor Manuel Alves mostra-se esperançado de que as coisas vão melhorar nos próximos tempos, à medida que a economia nacional for ganhando outro impulso.

    Com sede no Lobito, numa área de cerca de 20 hectares composta por três unidades fabris, armazéns, oficinas, refeitórios e uma zona residencial com mais de dez fogos habitacionais, a fábrica do grupo INAR, sob liderança da firma Alves & Irmãos, foi inaugurada em 2003, pelo antigo Presidente da República, José Eduardo dos Santos. (Angop)

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