Prossegue o impasse da crise político-institucional que assola o país desde a expulsão dos 15 deputados do PAIGC e do parlamento. O Presidente José Mário Vaz e estes 15 deputados foram esta segunda-feira acusados de “golpe de Estado palaciano” durante uma conferência de imprensa do Espaço de concertação política dos partidos defensores dos valores democráticos que inclui 6 partidos, entre os quais o PAIGC.
Na Guiné-Bissau, o Espaço de Concertação política dos Partidos Defensores de Valores democráticos que congrega o PAIGC, PCD, UM, PUN, MP e PST denuncia tentativa de golpe de Estado Institucional.
Em Conferência de imprensa, o Líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, acusa o Presidente da República, o PRS e o grupo dos 15 expulsos do PAIGC de tentativa de consumação do Golpe.
Perante esta crise político-institucional, o chefe de Estado convocou para o Palácio da República a Comunidade Internacional.
À saída, Ovídeo Pequeno, representante da União Africana na Guiné-Bissau disse que a situação do país exige uma solução urgente para assegurar a estabilidade. Por outro lado, disse ter transmitido ao Presidente da República os receios da Comunidade Internacional em relação à crise que pode vir a degenerar em crise humanitária.
A crise política que paralisou o Parlamento e afetou a capacidade de resposta do governo nos sectores da Saúde e Educação, é objecto de auscultação que o Presidente da República agendou para terça-feira com as formações políticas com assento parlamentar, seguido do Conselho de Estado, Órgão Consultivo do Presidente da República. (RFI)