A Comissão Permanente da Assembleia Nacional Popular da Guiné-Bissau convocou uma sessão plenária extraordinária para quinta-feira, anuncia, em comunicado, o gabinete do presidente do parlamento, Cipriano Cassamá.
A sessão extraordinária terá como pontos de agenda a eleição do presidente, secretário-executivo e secretários executivos-adjuntos da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e aprovação do projecto de lei constitucional de prorrogação da nona legislatura, que termina a 23 de Abril.
O hemiciclo do parlamento da Guiné-Bissau está inactivo há quase três anos, devido a divergências profundas entre as duas principais bancadas, a do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) e do Partido de Renovação Social (PRS).
A reabertura do Parlamento ocorre depois do consenso alcançado entre o PAIGC, PRS e presidente José Mário Vaz, no sábado, em Lomé, Togo, e que vai culminar com a realização de eleições legislativas a 18 de Novembro.
No sábado, durante uma Cimeira extraordinária dos chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados de África Ocidental (CEDEAO), foi anunciado que, após a nomeação do novo primeiro-ministro, Aristides Gomes, o Parlamento seria reaberto a 19 de Abril.
A Guiné-Bissau vive uma crise política desde a demissão, por José Mário Vaz, em Agosto de 2015, do Governo liderado pelo antigo primeiro-ministro Domingos Simões Pereira, do PAIGC, vencedor das legislativas de 2014.
Desde as eleições legislativas de 2014, a Guiné-Bissau já vai no sétimo primeiro-ministro, que terá como principal objectivo organizar as legislativas. (Panapress)