O Procurador Geral da República Fernando Gomes chamou a imprensa para informar que existem processos contra Aristides Gomes, ex-Primeiro-ministro refugiado na sede da ONU.
Fernando Gomes, Procurador-Geral da República, anunciou que existem três processos contra Aristides Gomes, antigo primeiro-ministro guineense.
No detalhe, Fernando Gomes, em conferência de imprensa, afirmou que os processos datam de 2006, 2019 e 2020.
O primeiro é sobre o desaparecimento de 674 quilogramas de drogas, segundo o PGR. De notar que a investigação sobre esse processo já está concluída.
Segundo ainda o PGR, Aristides Gomes é suspeito de vários crimes entre eles de peculato e de participação económica em negócios.
No entanto não existe nenhum mandado de detenção contra o antigo Primeiro-ministro, que está refugiado na sede do Gabinete Integrado da ONU para a Consolidação da Paz na Guiné-Bissau – UNIOGBIS. Esta situação dura há vários meses, isto após ter sido demitido de funções pelo Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló.
O PGR, Fernando Gomes, sublinhou que Aristides Gomes deve se sentir em segurança e não temer pela sua integridade física, e realçou que não recebeu nenhuma resposta às notificações enviadas à representante do secretário-geral da ONU em Bissau e ao antigo Primeiro-ministro.
De notar que a UNIOGBIS vai encerrar a sua missão no país em Dezembro.
Quanto aos defensores de Aristides Gomes criticaram duramente a actuação do Procurador-Geral da República, Fernando Gomes, neste processo.
Luís Vaz Martins disse mesmo ser incompreensível que Fernando Gomes, alguém considerado maior defensor dos direitos humanos na Guiné-Bissau no passado, esteja agora a “perseguir com a capa da justiça, um adversário político”.