A Polícia Nacional está disponível para garantir protecção ao transporte de elevadas somas de dinheiro, refere um comunicado de imprensa do comando-geral da corporação, a que o Jornal de Angola teve acesso.
A medida, de acordo com o documento, surge do facto do comando-geral da Polícia Nacional constatar que, de algum tempo a esta parte, alguns cidadãos e instituições públicas e privadas serem vítimas de roubos de valores, que acontecem à saída das agências bancárias e no seu transporte.
Ignorando os mais elementares cuidados de segurança, acrescenta o comunicado, esses cidadãos e instituições, além de porem em risco a sua integridade física e a de terceiros, também põem em perigo a segurança e ordem públicas, criando um ambiente favorável ao cometimento de crimes.
O documento informa que os cidadãos e instituições públicas e privadas devem contactar, com a devida antecedência, os postos, esquadras e divisões da Polícia Nacional.
Contactado pelo Jornal de Angola, Nestor Goubel, do gabinete de comunicação e imagem do comando provincial de Luanda da Polícia Nacional, explicou que um cidadão que tenha em sua posse um valor superior a um milhão de kwanzas e que pretenda depositá-lo no banco, pode solicitar o apoio da Polícia até à agência em que deseja depositar o seu dinheiro.
“O cidadão com um valor superior a um milhão de kwanzas pode solicitar não uma escolta policial, mas um apoio da Polícia, no sentido de o acompanhar ao banco”, disse, frisando que a corporação está orientada no sentido de proceder à escolta de valores para as instituições bancárias, desde que as quantias em causa justifiquem o cordão policial.
“Os nossos agentes estão orientados no sentido de, estejam onde estiverem, prestarem apoio ao cidadão ou instituição que esteja a levar grandes somas de dinheiro ao banco”, afirmou.
É condição essencial que o beneficiário da protecção policial declare os valores que está a transportar. “É preciso termos muita atenção quando transportamos dinheiro. Muitas vezes são pessoas próximas ou amigas, a quem revelamos que temos um determinado valor extremamente elevado em nossa posse, que podem combinar com marginais para nos assaltarem no momento em que formos depositar o dinheiro no banco”, exemplificou, para depois acrescentar que são os proprietários do dinheiro que se expõem a esses riscos sem necessidade.
“Nós, os angolanos, gostamos muito, quando vamos comprar, por exemplo, um telefone que custa 300 dólares, e temos connosco 10 mil ou mais, puxar do bolso ou da pasta todo o volume de dinheiro para pagar apenas o valor cobrado pelo telefone.
Essas atitudes também chamam a atenção de pessoas que estejam nas proximidades, sem sabermos se algumas delas não será um marginal”, disse.“Não se vai pedir escolta policial para levar 100 mil kwanzas ao banco. Não. Estamos a referir-nos a grandes quantias monetárias”, disse Nestor Goubel, em declarações à Rádio Nacional de Angola (RNA).
O oficial da Polícia Nacional sublinhou que nada será exigido às pessoas ou instituições públicas e privadas que solicitarem à corporação protecção para o transporte de valores monetários.
“Não será necessário pagar nada. É grátis. É preciso que isso fique bem claro”, sublinhou Nestor Goubel, acrescentando que só com prevenção e precaução se podem evitar as situações perigosas que têm ocorrido no transporte de dinheiro.
Fonte: Jornal de Angola
