Segundo Mariano Sebastião Cassule, irmão mais novo de Isaías Cassule, a família apenas realizará o óbito, tal como orienta a tradição angolana, quando as autoridades do país apresentarem as ossadas de Isaías Cassule. “Nós queremos que apareçam, os corpos caso não aparecem, nós não vamos pensar que estão mortos”, disse. Por sua vez, a mãe de Isaías Cassule, Madalena Massoxi, que se expressa na sua língua materna, afirma que nunca apareceu ninguém em sua casa para lhes dar a conhecer o falecimento do seu filho e por isso enquanto não ver o filho morto, continuará a considerar que está vivo. “Nunca mais veio ninguém falar connosco” disse, afirmando ainda: “nós não vamos fazer óbito porque o meu filho foi vivo e não pode voltar morto porque ele foi vivo” frisou. Isaías Cassule é enfermeiro de profissão e antes do seu desaparecimento era quem garantia o sustento da família que, desde então, vem enfrentando dificuldades até para garantir a alimentação básica. Recorde-se que este caso tem feito correr muita tinta e, segundo a oposição, esteve na origem da demissão na quinta-feira, do director do Serviço de Inteligência e Segurança do Estado Sebastião Martins A Unita, por sua vez, organiza este sábado uma manifestação em todo o país para protestar contra o que chama de barbaridades praticadas pelo Governo. (voaportugues.com)
