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    Exposição de pintura e escultura mostra as dificuldades dos artistas

    A importância de se continuar a incentivar e explorar o talento dos artistas plásticos, em tempos difíceis, é o destaque da mostra intitulada “100 Recursos”, que está patente no Salão Internacional de Exposições da União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAP), em Luanda.

    Promovida pela Koop Arte, a exposição comporta obras dos artistas Adão Mussungo, Albano Cardoso, Bizerra, Beni Dya Mbaxi, Don Ruelas, Júlio Mbaxi, Kudia Narciso, Pemba, Samu Arte e SD Zabila.

    Em declarações, ontem, ao Jornal de Angola, Don Ruelas, um dos promotores da iniciativa, disse que cada artista participa na mostra com três a quatro obras, desde pinturas sobre fotografia em tela, pintura sobre tela e esculturas com recurso a material metálico e reciclados.

    De acordo com o pintor, produzir sem apoios sempre despertou a veia artística e criativa dos artistas plásticos ao longo dos anos. “É importante não olharmos sempre para as dificuldades, queremos continuar a produzir e a partilhar conhecimento com a sociedade”, frisou o artista.

    Don Ruelas explica que “100 Recursos” retrata a generalidade dos problemas da classe, sobretudo, as difíceis condições sociais, a falta de oportunidade e investimentos nas artes plásticas, assim como a ausência de políticas de acesso ao crédito por parte dos artistas, que permitam a criação do auto-emprego e gerar recursos para o sustento das famílias.

    O secretário-geral da União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAP), António Tomás Ana “Etona”, mostrou-se preocupado pelo facto dos apoios às artes plásticas continuaram ainda a ser irrisórios, pelo que apelou a quem de direito a prestar uma maior atenção às necessidades da classe.

    A exposição, disse, é apenas mais uma que vem reflectir o actual estado pelo qual os associados enfrentam. “Os problemas são de conhecimento de todos e estamos sempre a alertar para as difíceis condições que a UNAP e os seus membros atravessam, desde a falta de pagamento de salários aos problemas administrativos”.

    Num “puxão de orelhas”, criticou também os próprios membros da associação que não pagam as cotas, mas exigem melhores condições à instituição. “Só funcionaremos se todos contribuirmos para o desenvolvimento da classe”, disse o secretário-geral da UNAP.

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