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    ‘Existe um problema que nos ultrapassa’

    Uma fonte da Ridge Solutions, que preferiu uma separação entre esta entidade e o projecto Jardins do Éden (Camama), começou por esclarecer que a sua empresa é 100 por cento angolana, que nunca saiu do país e que “não nos desresponsabilizamos de algumas situações que supostamente possam existir”.

    Segundo a fonte, a empresa a que pertence tem tentado chegar a acordo com algumas entidades, individuais e colectivas, que adquiriram imóveis no Jardins do Éden, mas estas nem sempre estão disponíveis, provavelmente porque elas encontram-se bastante agastadas.

    Considera mesmo que “o projecto está de mãos atadas”, embora afirme que durante a implantação desta fase fizeram a entrega de 90 por cento das moradias. Só este facto, segundo a fonte, demonstra que não se trata de nenhuma burla ou que estejamos a fugir das nossas responsabilidades.

    As mãos estão atadas porque uma parte do terreno onde seriam erguidas outras moradias foi ocupada ilegalmente por alguns cidadãos que não fazem parte do projecto e construíram no local um bairro de lata.

    “Uma parte considerável do terreno foi ocupada ilegalmente por pessoas que podemos considerar como sem terras. Isso deixa-nos de mãos atadas porque não temos poderes para retirar estas pessoas. Não somos o poder civil ou judicial”, contou a fonte, acrescentando que “quem já fez a entrega de mais de 70 ou 80 por cento tem interesse de apresentar o resto porque ainda podemos ganhar lucros se entregarmos muito mais.

    Temos todo o interesse em fazer isso”.

    O responsável que pediu para não ser identificado explicou que até uma das zonas centrais no próprio condomínio foi ocupada, razão por que convidou a equipa de reportagem deste jornal para uma visita de esclarecimento ao local.

    Embora sob anonimato, a fonte acredita ainda que alguns dos queixosos não terão chegado a algum acordo com a direcção do projecto imobiliário porque alguns clientes receberam as suas residências depois de encontros mantidos e outros preferiram ter o dinheiro de volta.

    Ele esclarece que a sua instituição tem colaborado com o Instituto Nacional de Defesa do Consumidor (INADEC), afecto ao Ministério do Comércio, para a resolução de muiPara alguns casos, o recurso será mesmo o tribunal DR tas situações pontuais apresentadas nesta instituição governamental. As outras, por falta de contacto, ainda não tiveram o mesmo tratamento, segundo a fonte.

    “Não temos capacidade de contactar estas pessoas e chegar até elas.

    Mas a empresa sempre esteve disponível, porque é um problema nosso, que não foi causado por nós e que não é de resolução nossa”, avançou o nosso interlocutor, revelando que “nunca quisemos burlar ninguém.

    Não somos o Bem Morar, porque entregamos muito mais moradias”.

    Explicou ainda que das mais de 2000 residências previstas, eles já fizeram a entrega da maioria. O resto é uma parte ínfima, embora ninguém queira estar naquela situação de ter pago uma casa e não ter acesso até agora. “Nem eu mesmo gostaria de estar nesta situação”, acrescentou.

    Nos próximos dias a direcção do projecto Jardins do Éden vai entregar mais moradias. Com este lote, eles acreditam que poderão satisfazer mais cerca de 10 por cento dos clientes ainda não “concluidos”, para restar um mínimo de cinco por cento.

    Neste último número, os promotores acreditam que estão apenas aqueles que ao longo deste tempo de luta optaram por receber o dinheiro pago.

    “Depois desta leva vai ficar uns cinco por cento, algumas das quais pessoas que já chegaram a acordo connosco”, confirmou.

    Já sob fecho desta edição, a mesma fonte alertou que faltam somente três por cento daquilo que se comprometeram construir. Na passada quarta-feira, 30, foram entregues mais moradias na secção 14. Hoje falam mesmo em apenas 22 pessoas em situação complicada.

    Além da construção das casas, o projecto Jardins do Éden continua a prestar assistência aos moradores, assim como construiu um grande reservatório de água para atender os moradores. Trabalham directa ou indirectamente no local cerca de 230 pessoas.

    Fonte: OPAIS

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