A Agência Internacional de Energia (AIE) defendeu ontem, que o excesso de oferta de petróleo, que baixou os preços apesar das tensões geopolíticas, vai prolongar-se pelo menos até 2020.
No relatório mensal sobre o mercado petrolífero publicado ontem, a AIE considera que o excesso de oferta não vai ser absorvido rapidamente,mesmo com os cortes da produção acertados pela Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e os 10 aliados liderados pela Rússia.
Segundo a AIE, escreve o JA, a principal razão é que os outros produtores, liderados pelos Estados Unidos, vão produzir dois milhões de barris diários adicionais este ano e outros 2,1 milhões em 2020.
A agência indicou que nos últimos quatro meses a OPEP e os seus aliados diminuíram as extracções em mais de 1,2 milhões de barris por dia, que era o montante acordado, e o Irão perdeu 500 mil barris diários devido às sanções dos Estados Unidos.
Apesar de tudo, a produção global aumentou em 500 mil barris diários naquele período graças ao acréscimo da produção dos Estados Unidos e do Brasil e dos biocombustíveis.