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    Ex-procuradora no exílio pede detenção do Presidente Maduro

    A ex-procuradora-geral venezuelana, no exílio, pediu às forças armadas para deterem o chefe de Estado venezuelano, na sequência da decisão do parlamento, que considerou existir razão para julgar Nicolas Maduro.

    “É agora responsabilidade das Forças Armadas acatarem a decisão e proceder à captura do até hoje Presidente constitucional da Venezuela”, disse Luísa Ortega Díaz, num vídeo divulgado pela Internet.

    A antiga responsável sublinhou que todos os oficiais “devem atuar” e garantiu que conseguir a restituição da ordem constitucional e o restabelecimento das liberdades democráticas contam com o seu reconhecimento, proteção e apoio.

    “Quem honrar o uniforme militar venezuelano será protagonista da reconstrução das Forças Armadas. Este é o momento de pôr fim a esta trágica situação. Têm o dever de cumprir com o juramento constitucional (…) todo um povo espera que os seus militares os libertem da tirania opressora”, disse.

    Se não forem os militares venezuelanos, a decisão será “executada por organismos internacionais”, disse, pedindo que “não percam a oportunidade de recuperar a dignidade militar”.

    Luísa Ortega Díaz explicou ainda que a autorização da Assembleia Nacional (onde a oposição detém a maioria) para levar a julgamento Maduro, por corrupção, abre “uma porta de saída à grave crise política e humanitária” no país.

    “Os poderes legítimos articularam-se, em conformidade com a Constituição, para proceder à captura e julgamento do principal responsável pela tragédia que hoje vivem os venezuelanos”, afirmou Luísa Ortega Díaz, numa referência ao Ministério Público (no exílio), ao Supremo Tribunal de Justiça legítimo (no exílio) e à Assembleia Nacional.

    O parlamento venezuelano autorizou, na terça-feira, o Supremo Tribunal de Justiça no exílio (STJE) a julgar Maduro pelos crimes de corrupção e branqueamento de capitais, num caso que envolve a construtora brasileira Odebrecht.

    A resolução obteve 105 votos a favor e dois contra, dos deputados Juan Marín, do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido do Governo) e de Ilénia Medina, do Partido Pátria Para Todos (PPT), que não assiste regularmente às sessões parlamentares.

    No passado dia 09, o STJE considerou existirem “razões suficientes para avançar com o julgamento” de Maduro pelos crimes de corrupção e branqueamento de capitais e ordenou a prisão preventiva.

    A decisão foi divulgada durante uma sessão realizada na sede do Senado da Colômbia, em Bogotá, em que além dos magistrados designados pelo parlamento venezuelano esteve presente a ex-procuradora geral da Venezuela, Luísa Ortega Díaz.

    O veredito teve por base uma acusação feita pela ex-procuradora contra Maduro, pelo alegado envolvimento “numa rede de corrupção de altos funcionários” relativamente ao caso da construtora brasileira Odebrecht.

    O STJE declarou ainda “a privação da liberdade” de Maduro “e, em consequência, ordenou às Forças Armadas e a todos os serviços de segurança que acatem a disposição legal”. (Notícias ao Minuto)

    por Lusa

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