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    Ex-PR cabo-verdiano Pedro Pires preocupado com possibilidade de “apodrecimento da situação na Guiné-Bissau”

    O ex-Presidente cabo-verdiano Pedro Pires mostrou-se hoje preocupado com o facto de a situação na Guiné-Bissau “continuar na mesma”, afirmando que fica com a impressão de que se corre o risco da “deterioração ou apodrecimento da situação”.

    Questionado pelos jornalistas sobre os últimos acontecimentos na Guiné-Bissau, Pedro Pires, que falava à margem de uma atividade na Fundação Amílcar Cabral, afirmou não querer entrar “em pormenores nesta questão”, mas avançou que se preocupa pela “situação na Guiné-Bissau continuar sempre na mesma”.

    “Fico com a impressão de que estamos a correr o risco da deterioração da situação ou do apodrecimento da situação, o que pode conduzir a situações extremamente complicadas e dificuldades em encontrar uma solução, de modo que há a necessidade de um empenho atual no sentido de se encontrar a melhor solução”, considerou.

    Questionado sobre que contribuição Cabo Verde poderia dar neste sentido, o ex-chefe de Estado disse apenas que neste momento não entra na “política ativa”.

    À pergunta se estaria disponível a mediar este conflito, o antigo líder do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV) respondeu que neste momento não se sente em condições de o fazer.

    “Já fiz muitos, estive envolvido em muitas situações, negociações e ações de boa vontade, portanto agora é preciso encontrar um outro facilitador, talvez que tenha melhores capacidades do que eu e tenha melhor hipótese do que eu”, considerou.

    Sobre as recentes declarações das autoridades guineenses em relação a um alegado envolvimento de Portugal e da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) no ataque de 20 de outubro a uma base aérea da Guiné-Bissau, Pedro Pires disse entender que estas questões precisam de lucidez e seriedade para se tratarem porque não acredita que se resolvam os problemas com “insultos”.

    “Os problemas resolvem-se em negociações, resolvem-se com diálogo. O insulto não ajuda, antes pelo contrário dificulta, de modo que se caso haja vontade há que se dialogar sobre a questão e se encontrar a melhor solução”, alegou, acrescentando que “quando se comete um erro” não se pode zangar com aqueles que criticam.

    A Guiné-Bissau foi alvo de um golpe de Estado a 12 de abril, estando desde então em funções um Governo de transição, até à realização de eleições, previstas para abril de 2013.

    FONTE: Lusa

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