A China agiu de forma “irresponsável” no incidente ocorrido no início de Dezembro, quando um navio de guerra chinês forçou um cruzador dos Estados Unidos a realizar uma manobra brusca no Mar da China meridional, afirmou nesta quinta-feira o secretário americano da Defesa, Chuck Hagel.
“Não foi positivo, foi irresponsável”, disse Hagel em entrevista colectiva, agregando que o incidente reforça a necessidade de protocolos marítimos entre os dois países.
No dia 5 de Dezembro passado, um navio da Marinha chinesa se aproximou perigosamente do USS Cowpens, o que quase provocou uma colisão.
O USS Cowpens, um cruzador lança-mísseis, se viu obrigado a manobrar para evitar uma colisão com o navio chinês, que cortou sua rota e reduziu a velocidade, segundo funcionários da Defesa.
O navio chinês ficou a menos de 500 metros do cruzador americano, em um episódio ocorrido em águas internacionais do Mar da China Meridional.
O USS Cowpens navegava na zona do novo porta-aviões chinês, o Liaoning, quando ocorreu o incidente.
“Esta acção dos chineses, de cortar a passagem (…) 100 jardas à frente do Cowpens não foi uma acção responsável”, destacou Hagel.
“É o tipo de coisa incendiária, pode ser uma faísca para desencadear algo maior por erro de cálculo”.
Por este motivo, as duas partes devem trabalhar “para ter um mecanismo capaz de desactivar alguns destes problemas quando ocorrerem”.
O general Martin Dempsey, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, informou na mesma entrevista que os militares americanos e chineses têm se reunido para elaborar regras visando evitar este tipo de incidente.
“Estes grupos de trabalho têm se reunido e obtido progressos”.
A China minimizou o incidente e argumentou que o navio americano representava uma “ameaça” para a região. (afp.com)
