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    Enviado da CEDEAO visita Bamako para discutir com governo golpista

    Uma delegação da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), chefiada pelo ex-presidente nigeriano Goodluck Jonathan, visitou quinta-feira Bamako para aproximar posições com o governo golpista no Mali e conseguir a realização de eleições no país africano.

    Jonathan reuniu-se com o presidente de transição do Mali, coronel Assimi Goita, após o que enquadrou a sua visita como “parte da necessidade de afinar as discussões em curso, com vista a aproximar as posições”, segundo referiu, citado pela agência Efe.

    Segundo o enviado da CEDEAO, o objectivo desta visita visa encontrar formas de relançar o diálogo entre o lado maliano e a instituição sub-regional, que adoptou sanções contra o Mali após a cimeira extraordinária da organização regional em 09 de Janeiro por o governo do país adiar a convocação de eleições, como prometido.

    Jonathan não informou a imprensa sobre as várias conversas que teve com as autoridades malianas desde a sua chegada à capital do país, mas garantiu que foram enriquecedoras e “vão continuar”.

    Quanto à questão da duração da transição, que o governo do Mali propõe até um período de cinco anos, o mediador da CEDEAO indicou que foi estabelecido um grupo de trabalho técnico que reúne a CEDEAO, a União Africana (UA) e as Nações Unidas.

    As conclusões alcançadas por este grupo, explicou, permitiram desenvolver um quadro de recomendações que vão orientar as decisões a tomar num futuro próximo.

    Coincidindo com a sua visita, o Partido para o Renascimento Nacional, opositor do governo militar – no poder após dois golpes -,divulgou hoje um relatório da CEDEAO detalhando que o governo golpista do Mali está a propor uma transição de quatro anos e a equipa conjunta da CEDEAO, UA e ONU dois cenários com uma transição de 12 a 16 meses.

    Em 01 de Janeiro, o governo de transição do Mali informou a CEDEAO que o país precisa de mais cinco anos para completar o período de transição política.

    A data de 27 de Fevereiro corresponde à inicialmente fixada pelos militares que tomaram o poder em Agosto de 2020 para o regresso à ordem constitucional, mas que não respeitaram.

    Na segunda-feira, o órgão legislativo do Mali, controlado pelos militares desde o golpe de 2020, endossou um período de transição de até cinco anos para as eleições e o retorno à governação civil do país.

    O Mali, um país pobre e sem litoral no coração do Sahel, assistiu a dois golpes militares em Agosto de 2020 e Maio de 2021 e está mergulhado numa grave crise de segurança desde 2012, associado a insurreições ‘jihadistas’ no norte.

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