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    Enaltecida a figura de Agostinho Neto

    Jornal de Angola| Francisco Curihingana

    A figura de Agostinho Neto como político, poeta e médico foi enaltecida em Malanje pelo docente universitário Simão Pedro Coxe, durante uma palestra sobre o 17 de Setembro, Dia do Herói Nacional.

    A palestra juntou estudantes, entidades tradicionais e representantes de organizações da sociedade civil.

    O docente, que ministra a cadeira de História de Angola na Escola Superior Politécnica de Malanje, disse que Neto foi um grande nacionalista que sempre lutou pela preservação da identidade nacional e da angolanidade.

    “Foi um grande patriota, nacionalista que sempre defendeu a unidade dos angolanos, de Cabinda ao Cunene”, salientou.

    Ao descrever Neto como político, Pedro Coxe considerou que “foi um grande estadista, mas infelizmente governou pouco tempo. Seria bom se permanecesse no poder pelo menos mais dez anos, mas ele foi um grande político, não só para Angola, mas para a África e o mundo”, reconheceu.

    Segundo o historiador, na década de 1940, Agostinho Neto viveu em Malanje quando se encontrava a estudar na Missão do Késsua. A casa onde viveu está situada na rua 15 de Agosto, mas sem as características originais.

    “Quando ele veio a Malanje estudar, só ficou durante um ano, porque depois conseguiu uma bolsa de estudo e seguiu para Portugal, a fim de dar continuidade aos estudos”, disse, apelando ao Governo provincial a trabalhar na preservação da casa onde Agostinho Neto residiu.

    Sobre o seu legado, o orador criticou o facto de se exaltar a figura do primeiro Presidente de Angola apenas por ocasião da sua data de nascimento ou de falecimento. No seu entender, é preciso falar-se de Neto e de outros heróis que contribuíram para a Independência do nosso país quase sempre, uma vez que Angola só alcançou a Independência devido à audácia e entrega desses patriotas.

    O pastor da Missão Norte dos Adventistas do Sétimo Dia, José Gouveia, presente na palestra, considerou Agostinho Neto um verdadeiro patriota, cidadão singular que se destacou pelos seus feitos.

    O regedor João Zumbuka era militar das ex-FAPLA quando Agostinho Neto morreu em 1979. Disse que naquele ano, todos os angolanos, de Cabinda ao Cunene, sentiram a morte do Presidente, tido como o pai da Independência. “Aí verificou-se o quanto os angolanos eram unidos, cada um demonstrou o quanto sentia pela morte do pai da Nação”, disse.

    O regedor do bairro da Vila Matilde, João Filipe, considerou Agostinho Neto como uma figura ímpar, pois soube destacar-se nas tarefas que contribuíram para a Independência e liberdade do país. Aconselhou as novas gerações a estudarem cada vez mais a figura de Neto para enaltecer os seus feitos.

    No quadro das celebrações do Dia do Herói Nacional, realizou-se ontem uma aula de ginástica com todos os trabalhadores do governo provincial e no período da tarde foi lançado o Prémio Provincial de Jornalismo.

    Jovens aconselhados a seguir bons ensinamentos

    O director do gabinete do primeiro secretário do MPLA no Cunene, Agostinho Fela, considerou o primeiro Presidente como um humanista, homem do povo, nacionalista, patriota e poeta maior, cujas qualidades devem ser seguidas pelos jovens.

    Falando numa palestra com o tema “Unidade no resgate dos valores da Pátria”, realizada pelo Gabinete Provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desporto, no Instituto Técnico de Saúde de Ondjiva, Agostinho Fela destacou que Agostinho Neto foi um homem que fez tudo para que o povo angolano se libertasse do jugo colonial e respirasse o ar da Independência.

    “Falar de Agostinho Neto tem sido uma constante por ser o primeiro Presidente e por se ter batido pela causa da liberdade dos angolanos e de uma boa parte do continente africano”, lembrou.

    Aconselhou os jovens a lerem as obras de Agostinho Neto, como “Sagrada Esperança” e outras, para que possam tirar delas bons ensinamentos e não se deixar levar na tentação da vida fácil.

    A palestra esteve enquadrada nas actividades comemorativas do 17 de Setembro, Dia do Herói Nacional, e foi dirigida a jovens e estudantes de diferentes estabelecimentos de ensino.

    A directora do Gabinete da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos, Lúcia Yoleny, disse esperar que as actividades da jornada decorram num clima de reflexão e reconhecimento da figura de Neto para as novas gerações.

    Um dos participantes e estudante de Enfermagem daquela instituição escolar, Miguel António, elogiou a iniciativa da palestra, porque fez relembrar e permitiu a aprendizagem de muitas coisas sobre a trajectória de Agostinho Neto.

    A estudante Whtney Lutumba disse que a palestra serviu para tirar muitas dúvidas que tinha sobre o primeiro Presidente de Angola.

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