Os egípcios terão de escolher entre Mohamed Morsi e Ahmed Chafik para presidente do Egito – os mais votados na primeira volta das eleições.
Uma escolha que preocupa uma boa parte dos 50 milhões de eleitores. Aqueles que receiam a instauração de um regime islâmico, com Mohamed Morsi, o candidato da Irmandade Muçulmana; e os que temem que, com Ahmed Chafik, o ex-primeiro-ministro de Hosni Mubarak, o Egito regresse a um Estado laico mas apoiado pelo exército.
Cada um dos vencedores da primeira volta recolheu mais de cinco milhões de votos, num escrutínio em que a participação rondou os 46%, segundo a comissão eleitoral.
Dois dos candidatos preteridos pediram uma recontagem dos votos, alegando fraudes, o que a comissão recusou.
Morsi, o candidato da Irmandade Muçulmana, tenta agora convencer os adversários vencidos a formarem uma frente comum contra o antigo primeiro-ministro de Hosni Mubarak.
Chafik, por seu lado, joga a carta do protetor da revolução que levou à queda de Mubarak, em fevereiro último.
Entre um e outro, convém não esquecer os 10% de cristãos coptas do Egito que, a 16 e a 17 de junho, não votarão certamente por um candidato islamita.
Fonte: Euronews