Cartum, – Um tribunal sudanês condenou à morte a revelia nesta quinta-feira dois chefes de um importante grupo rebelde e 15 outras pessoas, após a suspensão em Fevereiro de conversações entre esse movimento e Cartum, indicou um advogado.
Esses chefes são Malik Agar, um antigo governador do Nilo Azul tornado chefe do braço norte do Movimento Popular de Libertação do Sudão (SPLM-N), e Yassir Arman, secretário-geral desse movimento que combate as tropas governamentais nos Estados do Kordofan-Sul e do Nilo Azul por quase três anos.
No total, 17 pessoas foram condenadas à revelia e serão executados por enforcamento dos quais Malik Agar e Yassir Arman”, declarou o advogado, Al-Tigano Hassan, que se deslocou à Singa, capital do Estado do Sennar, vizinho desse do Kordofan-Sul e do Nilo- Azul, situados na fronteira do Sudão do Sul.
Todos os acusados pertencem ao SPLM-N e foram condenados por “terrorismo, posse de armas” ou outros casos de acusação, mas não tinham sido representados diante do Tribunal, precisou Hassan, membro de um comité de advogados que defende 78 outros membros do SPLM-N que estão detidos.
Entre esses últimos civis e militares, 31 foram absolvidos, 46 condenados a prisão perpétua, e um condenado à morte, precisou.
Esse veredicto foi entregue no final de nove meses de julgamento. Ele aconteceu duas semanas após o adiamento de negociações entre Cartum e o SPLM-N realizados sob os auspícios da União Africana em Adds-Abeba.
Arman é o chefe da delegação do SPLM nas conversações.
As duas partes estão num impasse segundo a UA, que o deu até 30 de Abril para chegarem a um acordo de paz.
O conflito no Kordofan e no Nilo Azul afectou, segundo a ONU, mais de 1,2 milhões de pessoas. (portalangop.co.ao)
