VOA
Os deputados do MPLA pelo círculo da província angolana da Huíla dizem estar preocupados com algumas questões que afectam o andamento da educação que neste momento se prendem fundamentalmente com o regime do tempo de serviço, a mono docência e os cargos de direcção e chefia.
Depois de ver ultrapassada no início do corrente ano a questão da transição de estatuto dos professores do Ensino Geral por via do reconhecimento do grau académico, o Sindicato Nacional de Professores, (SINPROF) elegeu para 2019 pressionar o Governo a reconhecer o tempo de serviço.
Num encontro com os responsáveis da Educação na Huíla, os deputados questionaram o que está a ser feito neste sentido.
“Era para nós interessante perceber que passos têm sido dados relativamente a esta questão que de alguma maneira divide a própria classe e se tem influência no nível de prestação”, perguntou Fernando Cativa.
A directora do gabinete provincial da educação da Huíla, Paula Joaquim, acredita que o regime de contagem do tempo de serviço esteja a ser acautelado pelo Governo central.
“Os professores têm que transitar todos automaticamente para os escalões de acordo com as suas habilitações e depois de termos esta situação toda resolvida aí o Ministério junto ao Ministério das Finanças e junto ao Maptss vão começar a abrir vagas para enquadrar os professores de acordo com o tempo de serviço”, explicou Joaquim.
O economista José Makuva vê a questão do regime do tempo de serviço no ensino geral exequível apenas mediante a avaliação do desempenho que dá lugar a progressão na carreira.
“Hoje qualquer trabalhador tem direito de progredir dentro da carreira. O professor do oitavo escalão depois vai para o sétimo vai ao sexto até chegar ao primeiro, isto é um direito. Aliás o Estado durante muito tempo negligenciou esta parte e não eram só os professore quase todos os funcionários, mas de algum tempo a esta parte na administração pública já tem havido estas promoções”, disse Makuva.