Duzentas e 40 mil mudas de diferentes espécies de plantas são produzidas anualmente no viveiro florestal de Xangongo, município de Ombadja, província do Cunene, com vista a sua plantação no âmbito do programa de combate à desertificação.
Em declarações, o chefe do instituto de desenvolvimento florestal do Cunene, Alcino Abel Zamba, disse que o viveiro em funcionamento desde 2010, construído no âmbito do programa de combate à desertificação, tem por objectivo a produção de mudas que são distribuídas e comercializadas às populações e administrações municipais e comunais.
Referiu que inicialmente o viveiro produzia perto de 192 mil plantas em duas fases por ano, mas actualmente foi dinamizado o sistema de produção de mudas, face ao recente projecto de arborização aprovado pelo governo local.
Disse ser intenção do governo dinamizar o espaço, para permitir a produção de 200 mil plantas em cada dois anos, de modo a arborizar os espaços urbanos, colocando à disposição mudas que serão distribuídas em residências e áreas rurais para possibilitar o repovoamento e contribuir na redução da desertificação da província.
“Os efeitos das desflorestações já são visíveis, por isso há necessidade de produção e plantação de mais árvores nestas provinciais, e, no Cunene, este projecto é fundamental por se encontrar muito próximo do deserto do Namibe”, realçou.
Alcino Zamba fez saber que a desertificação na província do Cunene é devido a localização e a desflorestação causada pela população que utiliza as árvores para a produção de carvão e de lenha.
De realçar que o “Viveiro Central do Cunene”, é sustentado por um sistema de rega semi-automático e ininterrupto, é composto por quatro naves, onde estão a ser criadas entre outras plantas autóctones, como o omufiati, bastante explorada na região, para a produção de lenha e de carvão. (Angop)