A campanha para as eleições gerais do próximo dia 31 em Angola está a decorrer de forma “tranquila”, disse o segundo comandante da Polícia Nacional, num balanço feito à Lusa quando falta uma semana para as eleições.
Segundo o comissário-chefe Paulo de Almeida, os incidentes registados em vários pontos do país, referenciados como “casos de pequena monta”, caracterizam-se por desaguisados entre militantes das nove formações políticas concorrentes.
“Os incidentes são sobretudo disputas pela colocação de propaganda eleitoral, que às vezes chegam a extremos, resultando em agressões físicas. Mas são casos de pequena monta, que em nada prejudicam ou ofuscam o processo eleitoral”, considerou.
Paulo de Almeida frisou que, apesar de não se estar a registar graves problemas, a Polícia Nacional continua atenta a esses casos e procura rapidamente os pequenos conflitos que surgem.
“Fazemos o possível em dar maior segurança aos atores desta campanha eleitoral”, afirmou.
Quanto ao caso mais grave, o comissário-chefe Paulo de Almeida apontou o que teve lugar esta semana na província do Kwanza Norte, envolvendo militantes da Convergência Ampla de Salvação de Angola-Coligação Eleitoral (CASA-CE).
“Foi quando um elemento da CASA agrediu uma oficial superior, num caso de colocação de propaganda em local não autorizado”, destacou Paulo de Almeida, acrescentado que o caso já foi remetido aos tribunais.
Os relatos de incidentes que chegam a conhecimento público, através da imprensa, têm envolvido na sua maioria militantes do MPLA, UNITA e CASA-CE.
Angola realiza eleições gerais a 31 de agosto, que vão escolher a composição do parlamento e os nomes do Presidente e vice-Presidente da República, nomeados a partir do número um e número dois da lista do partido mais votado.
Das nove formações concorrentes a estas terceiras eleições em Angola desde a independência, em 1975, as estreias são as coligações Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral, Frente Unida para a Mudança de Angola (FUMA) e Conselho Político da Oposição (CPO) e o Partido Popular para o Desenvolvimento (PAPOD).
Os “repetentes” na disputa eleitoral são o governamental Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), o Partido da Renovação Social (PRS) e a Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e a coligação Nova Democracia (ND).
FONTE: Lusa