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    Bissau: Presença militar angolana abre crise entre Governo e forças armadas

    O Ministro guineense dos Negócios Estrangeiros, Mamadu Saliu Djalo Pires, avisou que a retirada da Missão Militar de Angola no país terá consequências negativas .

    Pires falava num encontro com jornalistas depois da deslocação a Bissau do ministro da defesa angolano, Cândido Pereira Van Duném, que era portador de uma mensagem confidencial do presidente José Eduardo dos Santos para ao seu homólogo guineense Raimundo Pereira.

    Embora se desconheça o teor da mensagem presume-se que esteja relacionada com declarações de militares guineenses exigindo a retirada da missão militar angolana, algo que agora provocou reacção por parte do governo.

    Djaló Pires disse que a suspensão da missão angolana teria consequências “graves”. O ministro fez notar as obras que estão a ser feitas pelos angolanos em infra-estruturas do sector da defesa.

    “Isso irá não só criar problemas graves ao sector da defesa e segurança … mas terá um efeito multiplicador negativo porque são empresas nacionais a quem foram atribuídas a responsabilidade de fazerem essas obras  e essas empresas empregam trabalhadores guineenses,” disse.

    O ministro recordou também a presença de cerca de 350 guineenses que estão a participar num curso em Angola  que terão que voltar de imediato caso essa cooperação seja suspensa.

    Informações não confirmadas apontam que Luanda anunciou a retirada da MISSANG no país, conforme a exigência do Chefe de Estado-maior General das Forcas Armadas, António Indjai, mas o Governo da Guiné-Bissau veio manifestar, em comunicado do Conselho de Ministros, reunido ontem em Bissau, a sua determinação de não só manter a Missão angolana no país, mas também reforçá-la com vista a cobrir outros sectores.

    O ministro disse não ter havido por parte da MISSANG qualquer violação ao Acordo de Defesa entre Bissau e Luanda .

    Mamadu Saliu Djalo Pires considera ainda que se, na verdade, houvesse alguma violação do aludido acordo, eventualmente registada por parte dos sectores militares, a informação devia ser reportada ao Ministério da Defesa.

    Para o ministro compete ao governo negociar com o governo angolano. “Essa competência pertence ao governo e não às forças armadas,” disse o ministro.

    Fonte: VOA

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