A ministra das Pescas, Victória de Barros Neto, defendeu no município do Cubal, província de Benguela, o fomento da aquicultura como pressuposto para o combate à fome, redução da pobreza e diversificação da economia.
Intervindo quinta-feira, no seminário de formação básica e treinamento em aquicultura, a ministra considerou a aquicultura uma actividade rentável do ponto de vista social e económico, que visa dar uma contribuição significativa no combate à fome e reduzir a pobreza, por meio do auto-emprego, isto é, a partir da iniciativa privada, familiar , bem como da criação de inúmeras oportunidades de emprego através da aquicultura comercial.
A responsável afirmou que a acção formativa enquadra-se num leque de actividades programadas pelo seu pelouro para o fomento e desenvolvimento desta área e circunscreve-se na divulgação e impulso à aquicultura, visando melhorar o rendimento das famílias e a qualidade de vida dos cidadãos no meio rural, com particular ênfase para os jovens e mulheres.
De acordo com Victória de Barros Neto, duas componentes, sendo prática e teórica destacam-se na realização desse seminário, à semelhança do primeiro realizado na província do Zaire, onde estiveram presentes agentes ligados às pescas do Cuanza Norte e Malanje.
Diante desse quadro, adiantou ser motivo suficiente para continuar a ser desenvolvida a aquicultura com vista ao aumento da sua acção e desenvolvimento da produção do pescado e estimular uma indústria de processamento de peixe, conserva, salgado, bem como estimular uma rede nacional para a recolha e comercialização de produtos para ser introduzido na rede comercial do país e além fronteira.
Após os três dias de formação, os 60 formandos serão posteriormente formadores. Nesta acção formativa, estão a ser abordados temas sobre a definição e classificação da aquicultura, construção e manutenção dos viveiros, principais peixes cultiváveis e características principais, artes de pesca, monitorização da qualidade da água, nutrição, produção de alimentos naturais com matérias-primas locais, boas práticas de higiene e comercialização do pescado e cultivo de perolinas.
Durante a estada na Huíla, a ministra visitou a barragem do Dungo, onde entregou quatro alevinos, 10 gaiolas, um motor para canoa e quantidades não reveladas de sacos de ração para o relançamento da aquicultura, bem como constatou o funcionamento da fazenda Utalala.
Vitória de Barros Neto trabalha hoje no município do Lobito, onde inaugurará, na comuna do Egipto Praia, um posto de observação da fiscalização das pescas e aquicultura e o local de implementação do projecto de apoio à pesca artesanal. (Angop)