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    Bancos têm crédito disponível para apoiar iniciativas pessoais

    Três bancos de matriz angolana (BDA, BCI e Sol) apresentam a sua estrutura capital mais robusta capazes de acelerar o financiamento aos projectos que podem gerar riqueza e mais postos de trabalho.

    O ano de 2016 começa com novas perspectivas aos clientes da banca angolana, sobretudo aqueles cuja visão empreendedora combine com a perspectiva de diversificar a economia e as fontes de receita pública por via da geração de empregos e maior fluxo de capital financeiro.

    Um sinal primeiro foi dado pela capitalização do Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) pelo Executivo, através de uma emissão especial de Obrigações do Tesouro de até 27,4 mil milhões de kwanzas, conforme despacho presidencial citado pelo Ministério das Finanças na sua página de internet. A emissão especial, em moeda nacional, tem um prazo de amortização de 24 anos e paga uma taxa de juro de 5,0 por cento.

    O BDA foi em 2013 o sétimo maior banco angolano, entre mais de duas dezenas a operar no país, mas encerrou aquele ano com capitais próprios abaixo dos 10 por cento exigidos (rácio de solvabilidade), obrigando então o Estado angolano, accionista único, a aumentar o capital social de quatro mil milhões para 36,1 mil milhões de kwanzas.

    O documento faz referência de que o presidente do BDA, Manuel Neto Costa, afirmou, posteriormente, ter o banco sido alvo de outro aumento de capital social em Julho de 2014, o que permitiu fechar as contas desse ano com um rácio de solvabilidade (relação entre os capitais próprios e o passivo) de 13,8 por cento.

    Com essa medida do Executivo, o BDA passará a contar com um capital superior a 150 mil milhões de kwanzas, conforme prevê o novo estatuto orgânico que entrou em vigor em 2014, no âmbito do plano de reestruturação do banco, responsável por mais de 6,0 por cento de todo o crédito concedido em Angola.

    Por outro lado, o Banco de Comércio e Indústria (BCI) é outro dos operadores do circuito comercial nacional que, segundo avançam publicações especializadas em banca e finanças, se deve beneficiar de emissões de dívida pública.

    A ideia é reforçar a capacidade de a instituição dar resposta aos projectos de apoio às iniciativas pessoais e empresariais, que gerem emprego e poupanças. Neste momento, o BCI prossegue com uma campanha de mobilização e fidelização dos clientes, disponibilizando três milhões de kwanzas em crédito pessoal, vulgo “Cria condições”.

    Apoio às micro empresas Noutra perspectiva, o Banco Sol foi outro operador com vocação ao crédito para geração de mais-valia às empresas e pessoas com visão empreendedora. De acordo com uma entrevista cedida à Angop pela directora de Marketing e Comunicação, o banco lança, este ano, um novo produto denominado “Sol empreendedor 2016”, uma linha de crédito até seis milhões de kwanzas, destinada a apoiar às pequenas, médias e micro empresas.

    Mónica Aleixo informou, na ocasião, que a linha de crédito tem um período de carência de três meses. O reembolso num período de 36 meses, enquanto os juros são 11 por cento bonificado e 15 quando não bonificado. “O novo produto constitui uma das apostas do banco para alavancar a economia nacional”, disse.

    Segundo dados referenciados, em 2015, o Banco Sol teve activos superiores na ordem de 327 milhões de kwanzas, uma carteira de crédito superior aos 100 milhões, enquanto os depó- sitos posicionaram-se nos 277 milhões. Quanto aos capitais próprios, estes fixaram-se no valor de 23.671 milhões.

    A nível nacional, o Sol concedeu microcréditos acima de dois mil milhões de kwanzas, que beneficiaram nove mil 931 pessoas. O banco teve um resultado líquido de 7,4 mil milhões de kwanzas. * com Angop e Minfin

    Por: Isaque Lourenço

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    1 COMENTÁRIO

    1. É muito bom notar estas iniciativas, especialmente porque fomentam o empreendedorismo e a tão falada diversificação da economia, embora muito se fala ainda da burocracia no processo de concessão de crédito, mais tarde ou mais cedo quando tivermos leis e regulamentos associados à recuperação de incumprimento e responsabilização de incumpridores, creio que só aí os bancos terão maior abertura para reduzir a burocracia processoal embora nunca abra mão das garantias.

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