As assembleias de voto na Serra Leoa abriram hoje às 07:00 (hora local e TMG), para a realização da segunda volta das eleições presidenciais, que decidirá entre o candidato do Governo, Samura Kamara, e o da oposição, Julius Maada Bio.
Cerca de 3,2 milhões de eleitores são hoje chamados às urnas, neste pequeno país da África Ocidental, para escolher qual dos candidatos dos dois principais partidos será o próximo presidente.
A votação decorre até às 17:00 nas 3.000 assembleias de voto distribuídas pelo território nacional.
Em vários centros, os eleitores fazem fila desde as 05:00 da manhã.
Fuad Kamara, um jovem que vota pela primeira vez, disse à EFE que quer “eleger o presidente que vai conduzir o país nos próximos cinco anos” e apelou para que “toda a gente vote e o faça em paz”.
A situação geral é tranquila e a polícia mantém um dispositivo para assegurar que tudo corra pacificamente, como aconteceu na primeira volta, em 07 de março, apesar da tensão política e da possibilidade de o partido do Governo perder a presidência.
As ruas da capital, Freetown, habitualmente atoladas em intermináveis engarrafamentos e cheias de gente, amanheceram hoje praticamente vazias, devido à proibição de circulação de veículos não autorizados pela Comissão Eleitoral Nacional.
Kamara, cabeça de lista do governante Congresso de Todo o Povo (APC, na sigla em inglês), e Bio, líder do Partido Popular de Serra Leoa (SLPP), não conseguiram a votação mínima, na primeira volta, tendo-se ficado pelos 42,7% e 43,3%, respetivamente.
Esta segunda volta estava prevista para o passado dia 27 de março, mas um recurso judicial apresentado pelo advogado Ibrahum Sorie Koroma, ligado ao APC, no qual exigia uma auditoria aos sistemas internos e de contagem da Comissão, obrigou ao adiamento das eleições.
Kamara, ex-governador do Banco Central e ex-ministro das Finanças e das Relações Externas, e Bio, um militar que deu um golpe de Estado em 1995 e governou dois meses e meio, procuram suceder a Sorie Koroma, que, após 11 anos no poder, cumpriu os dois mandatos permitidos constitucionalmente.
Na passada segunda-feira, o Tribunal Superior da Serra Leoa pronunciou-se a favor da NEC e autorizou a realização das eleições, mas era demasiado tarde para que logisticamente tudo estivesse pronto, porque o recurso pendente atrasou o processo. (Notícias ao Minuto)
por Lusa