Angola, Estados Unidos da América e França co-presidem a missão do Conselho de Segurança (CS) das Nações Unidas que chegou quinta-feira a Bujumbura, capital burundesa, para contactos com os principais actores políticos nacionais, na tentativa da busca de uma solução pacífica para a crise política e a violência que assola o Burundi.
O representante permanente de Angola junto da ONU, embaixador Ismael Gaspar Martins, representa o país nessa missão, durante a qual a delegação do CS tem previsto encontros com o Presidente do Burundi, Pierre Nkurunziza, responsáveis da Assembleia Nacional, representantes de partidos políticos, da sociedade civil, da Comissão da Verdade e Reconciliação Nacional e outras influentes personalidades do país.
Além de encorajar o relançamento do diálogo nacional, mediado pelo presidente do Uganda, Yoweri Museveni, é também objectivo do Conselho de Segurança convencer as autoridades burundesas a aceitar o desdobramento de uma força africana no país para garantir a segurança e a estabilização do território.
O Conselho de paz e Segurança da União Africana (CPS) decidiu, em Dezembro de 2015, o envio de uma Missão Africana de Prevenção e Protecção no Burundi (MAPROBU), de cinco mil homens, para tentar conter a crise, mas as autoridades burundesas discordam. O Conselho de Segurança da ONU apoia o desdobramento da referida missão.
A delegação do Conselho de Segurança da ONU, que partiu quarta-feira de Nova Iorque, reúne-se sábado, em Adis Abeba (Etópia), com o Conselho de Paz e Segurança da União Africana, para debater a situação em vários países africanos assolados por crises políticas e/ou conflitos armados.
Esta é a segunda vez, em menos de um ano, que o Conselho de Segurança trabalha no continente africano. Em Março de 2015, este órgão esteve na República Centro Africana, no Burundi e na Etiópia, com o propósito de ajudar a solucionar os inúmeros conflitos com que se debatem vários países em África.
A comitiva regressa a Nova Iorque no domingo. (ANGOP)