O Administrador Municipal do Rivungo, Abílio Jornal Sasongo, visitou, na comuna do Luiana, o local em que quatro jovens explodiram um projéctil de 81 milímetros e solidarizou-se com os familiares das vítimas.
O governante, para além de prestar apoio aos familiares das vítimas, apelou e sensibilizou as populações das aldeias, Cihumbili e a do Katahã para o não manuseamento de instrumentos estranhos que venham a encontrar nas suas lavras.
Abílio Jornal Sasongo pediu maior vigilância as populações e apelou para denunciarem junto das autoridades locais qualquer tentativa de abertura de bombas ou outros engenhos explosivos para protecção de vidas humanas.
O caso
De realçar que, na passada terça-feira, quando os ponteiros do relógio indicavam 15 horas e 30 minutos, quatro jovens se juntaram numa das zonas do bairro Katahã, comuna do Luiana, para abrirem sete bombas, com o objectivo de extrair mercúrio, equipados com paus e pedras, começaram a bater no primeiro engenho, minutos depois, ouviu-se uma explosão, causando a morte imediata do jovem Limonene Ruahame Kanepo, 29 anos, residente do bairro Cihumbili, deixa duas viúvas e 5 filhos, e depois faleceu o jovem, Cimbiso Diki, 34 anos, pai de 8 filhos e duas viúvas.
As outras duas vítimas que se encontram, no hospital, são Mamboi Diki, 31 anos e Nocenqui Mbimbili, 20 anos, estão nos cuidados intensivos, entre a vida e a morte, devido aos ferimentos graves.
Um está com o maxilar inferior partido e o outro tem as duas pernas partidas bem como perfurações no abdômen. Os dois sobreviventes não conseguem falar, situação que está a criar transtornos a actuação das autoridades locais que pretendem saber da origem dos engenhos.
Depois da explosão, os agentes da Polícia de Guarda Fronteira, Polícia de Ordem Pública e militares das Forças Armadas Angolanas (FAA) destacados no posto de Comando do Katahã se deslocaram ao local, tendo prestado socorro as vítimas e recuperado as outras seis bombas, não detonadas.