A abertura do IV Congresso Ordinário da FNLA, prevista para a manhã desta sexta-feira, em Luanda, aconteceu apenas no período da tarde, devido a contestações de partidários fiéis à ala de Ngola Kabango, que não se candidatou à presidência do partido.
Ao discursar no acto, o presidente cessante da FNLA, Lucas Ngonda, um dos quatro concorrentes ao cargo, deplorou o tumulto causado no Complexo 15 de Março, com os ânimos a serem acalmados com a intervenção da Polícia Nacional.
A abertura do conclave foi frustrada por mais de 50 militantes afectos a Ngola Kabangu contestários à legalidade do congresso.
“Sem diálogo não há congresso”, gritavam os contestatários no interior do Complexo 15 de Março, cuja fúria motivou a intervenção da Polícia Nacional para conter os ânimos.
Com a situação criada, a eleição do presidente do partido, que estava reservada para sábado, foi transferida para domingo, enquanto o acto de encerramento do conclave passa segunda-feira.
Durante três dias, os 1.501 delegados vão eleger uma nova liderança, que deverá conduzir o partido até 2019 e vai proceder-se à revisão dos Estatutos, analisar-se a situação política e social do país, bem como o quadro legislativo para a realização das eleições autárquicas, ainda sem data marcada, e do pleito eleitoral de 2017.
Concorrem para a liderança da FNLA, o presidente cessante, Lucas Ngonda, José Fernando Fula, Fernando Pedro Gomes e David José Manuel Martins.
O congresso decorre sob o lema “Honremos a memória de Holden Roberto para uma FNLA indivisível”. (portalangop.co.ao)