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    Guterres insta países a agarrarem oportunidades da iniciativa “Uma Faixa, Uma Rota”

    O secretário-geral da ONU, António Guterres, considerou esta sexta-feira que a iniciativa chinesa “Uma Faixa, Uma Rota” ajudará muitos países a alcançarem os seus objectivos de desenvolvimento sustentável, instando-os a “aproveitar bem” as oportunidades.

    “A iniciativa pode trazer benefícios tangíveis para a vida dos diferentes povos”, afirmou durante a sua intervenção na abertura do Segundo Fórum “Uma Faixa, Uma Rota”, que decorre em Pequim, e que conta com a participação do Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa.

    Guterres afirmou que a ONU “apoiará plenamente” os processos daquele gigantesco projecto internacional de infraestruturas lançado pela China que considerem o meio ambiente.

    O líder da ONU alertou que a globalização e a “quarta revolução industrial causaram problemas para boa parte da população mundial” e que o “aumento da temperatura e do nível do mar no planeta” estão a chegar a um nível “sem precedentes”. “O desenvolvimento nas mudanças climáticas é mais rápido do que as acções que estão a ser tomadas”, afirmou, apontando que os grupos mais vulneráveis são as primeiras vítimas.

    De acordo com o Jornal de Negócios que cita a Lusa, o português reconheceu, contudo, que há cada vez mais governos, cidades e empresas conscientes da necessidade de lutar contra as alterações climáticas. “Devemos realizar uma transformação do modelo de vida e mobilizar os recursos para o objectivo do desenvolvimento sustentável”, afirmou. António Guterres prometeu que a ONU, “para além de fazer discursos, tomará acções reais”.

    O Presidente chinês, Xi Jinping, inaugurou hoje oficialmente o Segundo Fórum “Uma Faixa, Uma Rota”, onde participam 37 chefes de Estado ou de governo. Marcelo Rebelo de Sousa vai participar entre hoje e 27 de Abril no fórum, e realizar uma visita de Estado, na segunda-feira. No mesmo dia, segue para Xangai, a “capital” económica do país. A visita termina a 01 de maio, em Macau.

    Críticos da iniciativa chinesa têm alertado que os planos chineses subverterão a actual ordem internacional e alargarão a esfera de influência de Pequim – os países aderentes ficarão encurralados pelo investimento chinês, tornando-se Estados vassalos, permitindo à China exportar o seu excesso de capacidade industrial ou poluição.

    A grande visão geoeconómica da China inclui uma malha ferroviária e autoestradas a ligar a região oeste do país à Europa e Oceano Índico, cruzando Rússia e Ásia Central, e uma rede de portos em África e no Mediterrâneo, que reforçarão as ligações marítimas das prósperas cidades do litoral chinês.

    Pelo caminho, estão a ser erguidos aeroportos, centrais eléctricas e zonas de comércio livre, visando dinamizar o comércio e indústria em regiões pouco integradas na economia global.

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