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    Zimbabwe comemora Dia da Independência pela primeira vez sem Mugabe

    O Zimbabwe está hoje a celebrar o Dia da Independência pela primeira vez desde 1980 sem Robert Mugabe como Presidente, com várias personalidades a afirmarem sentirem-na como uma espécie de segunda emancipação.

    À medida que se aproximam as primeiras eleições gerais (julho) sem Mugabe, obrigado a resignar ao cargo em novembro de 2017 na sequência de um golpe de força” perpetrado pelos militares, vários zimbabueanos, citados pela agência noticiosa Associated Press (AP), manifestaram “alívio” por a efeméride poder ser celebrada sem receios.

    Pela primeira vez desde o fim do regime de minoria branca, em 1980, assinala a AP, o Dia da Independência zimbabueano não engloba os tradicionais e corrosivos discursos de Mugabe, atualmente com 94 anos, contra os rivais do Ocidente e contra a oposição local.

    O sucessor de Mugabe, que foi seu vice-Presidente, Emmerson Mnangagwa, tomou em novembro último as rédeas do poder e da União Nacional Africana do Zimbabwe — Frente Patriótica (ZANU-PF), e prometeu a realização de eleições gerais livres e transparentes, para as quais convidou observadores internacionais ocidentais, bem como reformas económicas, sociais e na política interna do país.

    No entanto, este país da África Austral está a braços com uma profunda crise económica, agravada com dificuldades de tesouraria (está à beira da falência) e com um elevado nível de desemprego.

    A situação agravou-se também na saúde, lembra a AP, que realçou o facto de os principais hospitais do país estarem encerrados após o Governo de Mnangagwa ter despedido mais de 16.000 enfermeiras que entraram em greve para exigir melhores salários e condições de trabalho.

    O Zimbabué foi conhecido inicialmente como Rodésia do Sul, região autónoma que assim se manteve até 1953, ano em que o Reino Unido, criou a Federação da Rodésia e Niassalândia, integrada pela Rodésia do Norte (atual Zâmbia) e a Niassalândia (atual Malauí).

    Em 1964, o Reino Unido concedeu a independência à Rodésia do Norte, com o nome de Zâmbia, mas a Rodésia do Sul recusou, defendendo que só aceitaria a libertação do jugo britânico se o Governo fosse eleito por sufrágio universal.

    Um ano mais tarde, em 1965, o primeiro-ministro do Governo da Rodésia do Sul, Ian Smith, da minoria branca, declarou unilateralmente a independência e promulgou uma nova Constituição, através da qual se adotou o nome de República da Rodésia.

    No entanto, a independência só seria reconhecida a 18 de abril de 1980, quando terminou o “reinado” de Ian Smith e subiu ao poder o líder independentista Robert Mugabe, que decretou nova alteração na designação do país, que passou a chamar-se Zimbabué.

    O Zimbabwe é um país encravado na África Austral, entre os rios Zambeze e Limpopo, é limitado a norte pela Zâmbia, e norte e leste por Moçambique, a sul pela África do Sul e a oeste pelo Botswana. (Notícias ao Minuto)

    por Lusa

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