Os ministros das Finanças do euro e o FMI abandonaram este domingo a ideia de taxar os depósitos bancários em Chipre como contrapartida de um pacote de empréstimos de 10.000 milhões de euros, o que não livra no entanto os grandes depositantes dos principais bancos de sofrerem um corte importante nos seus bens.
O abandono da taxa é um dos principais elementos do acordo que está a ser negociado em Bruxelas desde domingo de manhã entre a troika de credores internacionais (UE/FMI) e o presidente cipriota, Nicos Anastasiades. Os ministros das Finanças do euro iniciaram por seu lado uma reunião já depois das 20h de Angola para dar o seu acordo ao pacote final, mas as negociações prometiam prolongar-se por boa parte da noite.
“Não haverá qualquer taxa sobre os depósitos”, afirmou um diplomata europeu às primeiras horas de segunda-feira, referindo-se ao acordo concluído com os cipriotas.
Apesar do abandono da taxa, os depositantes com contas acima dos 100.000 nos dois maiores bancos – o Banco de Chipre e o Banco Popular (Laiki) – vão sofrer na mesma uma perda dos seus bens.
Estas perdas serão infligidas no quadro do processo de liquidação do Laiki que resultará na transferência dos seus activos “sãos” para o Banco de Chipre. Com este processo, o Laiki ficará apenas com os activos duvidosos, ficando assim transformado num “mau banco”. Ler mais
(publico.pt)