Numa corrida presidencial tecnicamente empatada cada voto conta e o presidente Obama conta ficar com o bolo quase todo que as comunidades negra e hispânica representam.
A euronews visitou Shaw, nos arredores de Washington, um antigo acampamento de escravos livres onde Obama deve recolher a quase totalidade dos votos.
Segundo as sondagens, entre 95 a 98% dos negros votam Obama, por isso não surpreende que em Shaw as pessoas digam que “todos são pró Obama” e que o presidente fez “um excelente” mandato.
Um recente estudo da Associated Press (AP) revela que 51% dos americanos expressam atitudes racistas explícitas, mais 3% do que há quatro anos. Em Shaw, os populares resignam-se com a ideia que o “racismo vai sempre existir”, porque “simplesmente é assim na América”.
O grande desejo aqui é que o primeiro presidente afro-americano da história dos Estados Unidos tenha “mais quatro anos” no poder para que possa “realmente fazer a diferença”. Há mesmo quem afirme que Obama chegou à Casa Branca “pela mão de Deus”.
O voto da comunidade negra está garantido para Obama, mas o recrudescimento do racismo pode fazer o presidente-candidato perder até 5% de votos, segundo uma sondagem da AP.
Apesar de menos abordada nesta campanha, a questão racial pode ser crucial para desequilibrar a balança eleitoral na terça-feira de todas as decisões.
Fonte: EN