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    UNITA quer a presença do Presidente da República na Assembleia Nacional

    O grupo parlamentar da UNITA solicitou a presença do Presidente da República na Assembleia Nacional, para um “debate urgente” sobre aquilo que considera ser “a crise de governação” no país.

    De acordo com o JA, o facto foi anunciado ontem, em conferência de imprensa, em Luanda, pelo presidente do grupo parlamentar do maior partido da oposição, Adalberto Costa Júnior, que apontou como exemplos da crise de governação “o fornecimento de água insalubre” à população, “a ruptura no fornecimento de combustíveis”, “a violação de direitos humanos”, “a continuada sobreposição do Executivo aos poderes judicial e legislativo” e “a grave situação de seca e fome que afecta as províncias do Cunene, Namibe e Huíla”.

    Ao justificar a realização do debate solicitado ao Parlamento, Adalberto Costa Júnior disse que o grupo parlamentar da UNITA entende que é mais do que altura de o Titular do Poder Executivo passar a prestar contas à Assembleia Nacional e responder às perguntas e às preocupações dos deputados, enquanto representantes do povo.

    “Há indicação de dívidas para com as empresas do sector petrolífero que condicionam a prestação de serviços, tais como a importação e distribuição dos derivados do petróleo, ao pagamento dos atrasados pela Sonangol”, afirmou.

    Para o deputado, as dificuldades que se regista no fornecimento de combustível são mais uma razão para se efectivar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) à dívida pública, solicitada há já algum tempo pela UNITA, para se aferir o valor real da dívida e serem evitadas “descontinuidades” na prestação de serviços públicos.

    Relativamente à seca no sul do país, o presidente do grupo parlamentar da UNITA questionou o Executivo sobre o destino das verbas gastas pelo sector das Águas, entre o período 2010 e 2017 (mais de 791 mil milhões de kwanzas).

    “Onde foram parar as verbas do OGE destinadas a resolver o problema da seca”, questionou Adalberto Costa Júnior, para quem deve evitar-se o recurso a projectos megalómanos em pequenas comunidades.

    “Que, à semelhança do que se faz no Malawi, Quénia, Moçambique, Zâmbia, Uganda e Tanzânia, se aposte em bombas manuais chamadas “quick-star, pedaláveis e de baixo custo, que ficam entre 100 e 180 dólares e não dependem de combustível para o seu funcionamento”, recomendou.

    Uma delegação do grupo parlamentar da UNITA esteve, entre os dias 25 de Abril e 1 de Maio, no sul do país, onde efectuou um minucioso levantamento sobre a situação da seca.

    Webba apoia Massanga Savimbi

    A jurista e deputada da UNITA Mihaela Webba apoia uma eventual candidatura do actual secretário-geral adjunto, Rafael Massanga Savimbi, à presidência do partido, no congresso ordinário que se realiza em Dezembro deste ano.

    Em entrevista ontem à Rádio Mais para abordar a situação política no país e questões do partido, Mihaela Webba afirmou que a UNITA tem várias figuras com potencial para substituir o actual presidente, Isaías Samakuva, que, ao que tudo indica, não vai recandidatar-se, depois de quatro mandatos consecutivos de quatro anos cada à frente dos destinos do maior partido da oposição.

    Entre as figuras com grandes possibilidades de substituir Samakuva, a deputada apontou nomes como os dos generais Lukamba Paulo “Gato” e Abílio Camalata Numa, o actual presidente do grupo parlamentar, Adalberto Costa Júnior, o porta-voz do partido, Alcides Sakala Simões, o secretário provincial da UNITA no Huambo, Liberty Chiyaka, e o actual secretário-geral adjunto, Rafael Massanga Savimbi.

    Questionada em quem destes depositaria o seu voto, em caso da confirmação das suas candidaturas, Mihaela Webba, depois de alguns segundos em silêncio, indicou o nome do filho do fundador da UNITA como a sua preferência para presidente do partido.
    Entretanto, entre os nomes citados, Abílio Camalata Numa parece ser aquele que, ainda que de forma implícita, já manifestou o desejo de concorrer no próximo congresso.

    Um crítico assumido da liderança de Isaías Samakuva, com quem já disputou a presidência do partido, o general na reserva disse, recentemente, à margem de uma conferência sobre a vida e obra do fundador da UNITA, que caberá aos delegados ao próximo congresso decidir se o partido continua como está ou se querem uma outra dinâmica para a formação política fundada por Jonas Savimbi.

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