O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, denunciou nesta quarta-feira que o vice-presidente do Parlamento, Édgar Zambrano, foi detido por agentes de inteligência em Caracas.
“Alertamos ao povo da Venezuela e à comunidade internacional: o regime sequestrou o primeiro-vice-presidente” da Assembleia Nacional para “tentar desintegrar o poder que representa todos os venezuelanos, mas não vão conseguir”, escreveu Guaidó no Twitter.
De acordo com a AFP, Zambrano é um dos dez deputados contra os quais o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) ordenou julgamento por envolvimento na revolta de um grupo de militares no dia 30 de Abril, sob a liderança de Guaidó, reconhecido presidente interino por mais de 50 países.
A pedido do TSJ, a Constituinte suspendeu na terça-feira a imunidade parlamentar de Zambrano.
O próprio parlamentar tuitou que patrulhas do serviço de Inteligência (SEBIN) haviam cercado o seu veículo, diante da sede da Acção Democrática, partido de Zambrano.
“Fomos surpreendidos pelo SEBIN. Quando nos negamos a sair do nosso veículo, utilizaram um reboque para nos levar de modo forçado ao Helicoide”, revelou Zambrano nas redes sociais.
Jornalistas da AFP observaram como o veículo foi rebocado para o Helicoide, a sede do SEBIN em Caracas.
Washington reagiu à prisão afirmando que foi “arbitrária, ilegal e indesculpável”, e que Maduro e seus cúmplices são responsáveis directos pela segurança de Zambrano.
Segundo o governo dos EUA, se Zambrano não for libertado imediatamente “haverá consequências”.