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    UNITA admite coligação pós-eleitoral com partidos da oposição

    O cabeça-de-lista da UNITA às eleições gerais de Angola, Isaías Samakuva, admitiu hoje uma coligação pós-eleitoral com os partidos da oposição, nomeadamente a CASA-CE, “se as condições e as circunstâncias” o exigirem.

    “Penso que só há um adversário, que é o MPLA, mas há concorrentes”, disse Isaías Samakuva no decorrer de uma ação de campanha que reuniu algumas centenas de pessoas no mercado 4 de Abril, o maior de Benguela (sudoeste de Angola).

    Questionado pela agência Lusa sobre se os partidos concorrentes poderão vir a ser aliados no futuro, Samakuva respondeu: “naturalmente”.

    “Temos, depois das eleições, de ver os resultados e então encontrar uma fórmula que nos permita governar com fôlego, que seja capaz de mudar as coisas”, explicou.

    Questionado pela Lusa sobre se admite uma coligação com os outros partidos da oposição, nomeadamente com a CASA-CE de Abel Chivukuvuku, o presidente da UNITA respondeu afirmativamente.

    “Desde que as condições, as circunstâncias no momento nos forcem a isso, não hesitaremos”, disse Isaías Samakuva.

    Durante o seu discurso à população, com várias partes em umbundo, uma das línguas nacionais de Angola e a mais falada na região, o líder da UNITA fez uma analogia entre Angola e uma linha férrea, numa referência aos Caminhos de Ferro de Benguela, os mais importantes do país.

    “O país está a andar na linha férrea errada”, disse Samakuva, perante os aplausos da multidão.

    “Eu vejo a linha, mas nunca vejo o comboio a andar. Portanto, quer que eu compare Angola com outros países, aqui fico dois, três dias e não vejo o comboio a andar. Por isso, pergunto: a linha está fazer o quê?”

    Angola vai realizar eleições gerais a 23 de agosto deste ano, às quais concorrem o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Convergência Ampla de Salvação de Angola – Coligação Eleitoral (CASA-CE), Partido de Renovação Social (PRS), Frente Nacional de Libertação de Angola (FNLA) e Aliança Patriótica Nacional (APN).

    A Comissão Nacional Eleitoral de Angola constituiu 12.512 assembleias de voto, que incluem 25.873 mesas de voto, algumas a serem instaladas em escolas e em tendas por todo o país, com o escrutínio centralizado nas capitais de província e em Luanda, estando 9.317.294 eleitores em condições de votar.

    A Constituição angolana aprovada em 2010 prevê a realização de eleições gerais a cada cinco anos, elegendo 130 deputados pelo círculo nacional e mais cinco deputados pelos círculos eleitorais de cada uma das 18 províncias do país (total de 90).

    O cabeça-de-lista pelo círculo nacional do partido ou coligação de partidos mais votado é automaticamente eleito Presidente da República e chefe do executivo, conforme define a Constituição, moldes em que já decorreram as eleições gerais de 2012. (RTP)

    por Lusa

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